Para organizadores do bloco, Dia do Orgulho Gay é um dia de lutaA Conlutas está construindo um Bloco Classista, Independente e Combativo na Parada do Orgulho Gay de São Paulo, que acontece neste domingo, dia 25 de maio, a partir das 12h, na Avenida Paulista. O objetivo do bloco é fazer com que a parada volte a ter um espírito de luta e não se resuma a ser um carnaval techno, como vem ocorrendo. Este deve ser o verdadeiro sentido de qualquer protesto contra a homofobia, resgatando o espírito de Stonewall, a revolta de gays, lésbicas e travestis contra a repressão policial, nos Estados Unidos, que deu origem ao Dia do Orgulho Gay, em 28 de junho.
A Coordenação Nacional de Lutas terá um carro de som, o quarto carro da Parada, e este será um carro de todos os lutadores, sindicatos, movimentos sociais e entidades combativas e independentes de governos e empresas. Todas as entidades dos trabalhadores, da juventude e dos movimentos sociais terão aí o seu espaço.
No texto de convocação, o Grupo de Trabalho GLBT da Conlutas afirma:
“Vamos juntos resgatar o caráter combativo desta data, rejeitar a mercantilização do movimento e as políticas demagógicas dos governos federal, estaduais e municipais, que longe de acabarem com a homofobia e a violência contra nós, a mascaram. Pelo fim de toda a violência que os GLBTs trabalhadores sofrem no seu dia a dia. Mais do que isso, queremos afirmar que é impossível acabar com toda a homofobia sob o capitalismo. Porque o capitalismo é o reino da desigualdade, onde imperam e são fomentados todos os preconceitos para aumentar a exploração dos trabalhadores e dar lucro para os burgueses.
É por isso que, a política de ter lucro com uma parcela dos gays, através do “mercado rosa”, criando caríssimos guetos gays para gays e lésbicas da classe dominante, não resolvem o preconceito e a violência contra a maioria. Os GLBTs da classe trabalhadora e das periferias, sofrem não apenas com a violência, mas também com as perseguições e o assédio moral e sexual nos locais de trabalho e estudo.
Por tudo isso, afirmamos que nossa luta tem um caráter de classe, de luta e de reivindicação. Para resgatar esse caráter de luta é preciso um movimento independente dos governos e das empresas, um movimento da classe trabalhadora, que lute também para transformar a sociedade, para acabar com toda a opressão e com toda a exploração.
Mais informações: GT GLBT da CONLUTAS – [email protected]
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