Nesta sexta-feira, a partir das 19h, A Conlutas do Rio de Janeiro realiza uma reunião para debater a operação Choque de Ordem e a criminalização dos movimentos sociais. O encontro é aberto a todos os interessados e acontece na sede da Conlutas-RJ, na rua Teotônio Regadas, 26, 602, Lapa.

Sob o nome de operação Choque de Ordem, a prefeitura da cidade do Rio começou uma verdadeira caça a desalojados assentados, moradores das ocupações cariocas e camelôs. Esses têm sido expulsos e seus materiais, apreendidos.

Dias após assumir a prefeitura, o novo prefeito, Eduardo Paes (PMDB) lançou o que chamou de “uma operação para quatro anos”. O objetivo é corrigir supostas irregularidades. Na verdade, nada mais é do que uma medida de cunho fascista, uma operação de limpeza nas ruas da cidade.

Moradores de rua – incluindo crianças -, sem-teto, trabalhadores informais estão sendo retirados dos espaços públicos policiais e agentes. Com isso, o governo quer fazer um Rio “limpo” para turista ver, onde os mais pobres não têm lugar.

É também uma continuação da política de segurança do ex-prefeito César Maia (DEM). Foi no seu governo que a polícia, com a ajuda do Exército enviado pelo governo federal de Lula, invadiu o complexo do Alemão, deixando dezenas de mortos segundo números oficiais. A maioria deles não tinha antecedentes criminais.

É no Rio, também, que atuam livremente as milícias. Com o pretexto de fazer justiça e combater o tráfico, estes grupos de extermínio impõem a violência e o medo à população pobre dos morros, a maioria de negros.

Para Julio Condaque, do Grupo de Trabalho de Negros e Negras da Conlutas “é preciso dar uma resposta e unificar todos os setores contra tamanhas atrocidades. Somos trabalhadores na luta por emprego, saúde, renda, escola e merecemos dignidade para viver nossas vidas, não balas e cassetetes.