A Coordenação Nacional de Lutas realizou, entre os dias 2 e 6 de maio, uma semana nacional de protestos contra a reforma Sindical. O objetivo era, depois dos atos do 1º de Maio, concentrar atos em uma semana, preparando-se para a grande marcha a Brasília, marcada para o segundo semestre.

Os primeiros informes dão conta de que, em todo o país, os sindicatos ligados à Conlutas realizaram atos, eventos ou mesmo panfletagens para marcar a semana e denunciar os impactos da reforma preparada pelo governo e as centrais pelegas. Em São José dos Campos (SP), os metalúrgicos realizaram reuniões atrasaram as entradas de turno se mobilizaram. Na terça, dia 3, os trabalhadores da General Motors pararam a produção por quatro horas (duas em cada turno) como forma de protesto. Em fábricas de Jacareí houve assembléias com atraso de turno e nas empresas das Chácaras Reunidas, na zona sul da cidade, ocorreram paralisações.

No Rio de Janeiro, foi realizado o ‘Dia do Vermelho`, na quinta-feira, 5 de maio. Trabalhadores de diversas categorias estiveram presentes no ato em frente à Delegacia Regional do Trabalho, no Centro da cidade, contra a reforma. A agitação começou cedo, em frente aos portões da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), com o protesto dos servidores, que mantiveram uma greve por nove meses contra o autoritarismo da reitoria e por melhorias salariais.

O dia 5 foi de protesto também nos municípios da Baixada Fluminense. Em Nova Iguaçu (RJ) os comerciários realizaram no dia 5 um ato de ocupação das grandes lojas do calçadão da cidade, onde denunciavam as explorações e os abusos cometidos contra os trabalhadores, a reforma sindical do governo e exigiam um aumento real de 10% e a
reposição das perdas acumuladas nos últimos dois anos. Na cidade, a oposição bancária chamou o “dia de luto“ contra as reformas, e uma grande parte da categoria bancária foi de preto ao trabalho. Os militantes da oposição foram de banco em banco distribuindo materiais contra as reformas e explicando o conteúdo dos ataques planejados pelo governo. Durante a tarde comerciários, oposição bancária, professores e trabalhadores dos correios e os militantes do PSTU realizaram um ato em frente à DRT.

Em Duque de Caxias (RJ) foi realizada no dia 5 pela manhã uma grande agitação contra as reformas nos portões da REDUC (Refinaria da Petrobrás). A atividade foi recebida com muita simpatia pelos trabalhadores petroleiros. Além disso, durante toda a semana ocorreram atividades de denuncia das reformas durante a greve dos professores municipais, que já entra na 3ª semana.

No mesmo dia, no Piauí, servidores municipais fizeram uma paralisação e depois uma passeata pelo Centro de Teresina, passando pela prefeitura e encerrando na Câmara de vereadores, advertindo-os a não votar o ridículo reajuste de 1,5%. A todo momento, os servidores denunciavam os ataques da reforma Sindical, que pretende enfraquecer os sindicatos de luta, o que permitiria reajustes ridículos como este.

Em Macapá (AP), no dia 04, os rodoviários fizeram uma paralisação parcial, das 7 às 10h, contra as demissões e a reforma Sindical. Ativistas de diversas categorias, como os professores, e da juventude participaram do protesto.

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