O governo Lula, junto com os governos estaduais, tem sido responsável pela aplicação dos planos da burguesia que atacam a mulher trabalhadora: retirada de 42% das verbas para combater a violência à mulher, a posição contra o aborto, a reforma da Previdência de 2003 e a proposta de uma nova reforma.

As mulheres têm de manter suas bandeiras de luta pela garantia dos direitos, pelo fim da dupla jornada de trabalho, pelo pleno emprego, pelo piso salarial do Dieese, pela legalização do aborto e pelo fim da violência.

Não dá para abandonar a luta da mulher trabalhadora. Neste 8 de março, as mulheres da Conlutas não seguirão ao lado de organizações que se negam a lutar contra o governo, tornando-se inconseqüentes na luta contra a exploração e a opressão das mulheres e favorecendo a manutenção de um estado de miséria. Não podemos nos calar perante atitudes como as da governadora do Pará, Ana Júlia Carepa (PT), que mostrou não ser feminista quando uma garota foi estuprada diariamente numa cadeia em seu estado.

Não é possível concordar com o caráter que vem assumindo o movimento feminista, em particular a organização do 8 de março, com palavras de ordem genéricas que não enfrentam o governo. É nesse marco que se deu a ruptura com a construção de um ato junto com a Marcha Mundial de Mulheres em São Paulo.
A construção de uma manifestação independente, com todas as entidades, organizações e grupos feministas de luta, é a garantia de seguir lutando por uma sociedade socialista, única forma de lutar conseqüentemente pela libertação das mulheres.

Chamado ao PSOL
É de grande importância que as companheiras do PSOL se incorporem a essa luta, com base num programa classista e feminista, contra o governo Lula. Participar de um ato governista que desorganiza a luta das mulheres é se colocar nas trincheiras do inimigo.

Post author Janaína Rodrigues, da Conlutas
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