Ato também repudiou o Imposto SindicalCerca de 100 pessoas participaram do ato da Conlutas em Brasília, na última quarta-feira, dia 28, contra as mudanças que a Câmara dos Deputados pretende fazer na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).

A comitiva se reuniu com o deputado Cândido Vacarezza (PT-SP), relator do projeto de lei que altera artigos da CLT, e pediu o arquivamento da proposta, que representa a desregulamentação dos direitos trabalhistas.

O Sindicato dos Metalúrgicos esteve presente no ato, representado por dirigentes sindicais e militantes, que foram a Brasília no ônibus da Conlutas Vale do Paraíba.

O secretário-geral do Sindicato, Luiz Carlos Prates, o Mancha, afirmou que a Conlutas recusou-se a fazer qualquer contraproposta à alteração da CLT, por não aceitar nenhum ponto do projeto.

“O projeto de lei abre brechas para que o Congresso altere todo o ordenamento jurídico trabalhista brasileiro, incluindo aí os direitos dos trabalhadores”, afirmou Mancha sobre o projeto de lei, que deve ser votado em março do ano que vem.

Segundo ele, o projeto traz medidas que deveriam ser revogadas, porque já trouxeram enormes prejuízos aos trabalhadores brasileiros nos últimos anos, como as comissões de conciliação prévia, o banco de horas, os contratos de trabalho por tempo determinado, o trabalho temporário, a redução salarial em caso de conjuntura desfavorável, entre outras.

Após a reunião com o deputado, a comitiva realizou um ato no local, repudiando também a cobrança do imposto sindical aos trabalhadores. Diferentemente das centrais governistas CUT e Força Sindical, a Conlutas é contra a cobrança do imposto. O Sindicato dos Metalúrgicos não recolhe o valor referente a um dia de serviço do trabalhador desde 1999.