Mais de 1.500 pessoas estiveram no debate promovido pela Coordenação Nacional de Lutas, com o sociólogo norte-americano James Petras; José Maria de Almeida, presidente do PSTU e integrante da Conlutas, e Roberto Robaina, da direção do P-SOL.
Petras afirmou que, apesar da origem operária, a eleição de Lula é parte de “um velho ciclo de poder da elite brasileira”. Segundo ele, com a direita desgastada, “surgem novos neoliberais disfarçados de trabalhadores para dar seqüência ao neoliberalismo”. Petras disparou várias críticas às políticas econômica e externa do governo, arrancando aplausos entusiásticos do plenário.

O debate ficou acalorado quando foi abordado o tema sobre a construção de nova alternativa de lutas para o país. A questão mais polêmica foi a ruptura com a CUT. Para Robaina, há uma necessidade de debater uma nova alternativa, mas quando foi questionado se o P-SOL irá ou não se integrar a Conlutas, se limitou a dizer que “não basta ter vontade e angústia. A construção de um pólo alternativo sindical é uma jornada complicada”. Já Zé Maria enfatizou que a ruptura “é uma necessidade para unir o povo na luta contra as reformas neoliberais” e apresentou a Conlutas como uma alternativa a ser construída.

Outro debate polêmico foi sobre a esquerda e as eleições, a política de alianças do P-SOL e a proposta do PSTU de construir uma unidade no campo eleitoral.
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