Zé Maria de Almeida, na mesa do debate

Debate reuniu ativistas do Sul Fluminense do Rio de JaneiroNa última quinta-feira, dia 3 de agosto, aproximadamente 70 trabalhadores de Volta Redonda e de cidades vizinhas participaram do debate sobre as reformas sindical e trabalhista e o fator previdenciário. O Grupo de Trabalho que está construindo a Conlutas Sul Fluminense organizou o debate, realizado no auditório do Simpro (Sindicato dos Professores), em Volta Redonda.

O evento teve a participação de José Maria de Almeida, pela Conlutas nacional, Acácio Herman, pela coordenação estadual da Conlutas, e Tarcisio Xavier, militante do PSTU e um dos coordenadores políticos da chapa 3, que venceu a eleição do Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda e Região.

Este debate já é considerado por muitos como um marco na retomada dos debates políticos e sindicais entre os movimentos sociais da região. Estiveram presentes dezenas de estudantes, professores, funcionários públicos, metalúrgicos da CSN e um cipista da Volkswagen Caminhões. Alguns diretores do SEPE (Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação) e da Oposição dos Funcionários Públicos da Prefeitura de Volta Redonda também marcaram presença.

José Maria destacou a nocividade do fator previdenciário que aumenta o tempo de aposentadoria dos trabalhadores. “Estes possivelmente não conseguirão mais se aposentar com o valor integral de seu benefício antes dos 60 anos de idade”, afirmou.

Acácio Herman deu ênfase na necessidade de construirmos a Conlutas como alternativa a traição da CUT, que apóia deliberadamente a reforma sindical. Para ele, “esta é uma central chapa branca do governo Lula e que não está mais a serviço da luta e da defesa dos direitos dos trabalhadores brasileiros”.

Por último, Tarcisio Xavier encerrou o debate lembrando a vitória da Chapa 3 na eleição do Sindicato dos Metalúrgicos e apontando-na como uma possibilidade ímpar de construir uma grande campanha contra as reformas e o Fator Previdenciário na região.

A plenária do debate comprometeu-se em impulsionar um abaixo-assinado pelo fim do fator previdenciário, levando a discussão até a base das categorias e preparar uma pressão constante nos parlamentares e no governo Lula.