Na última segunda-feira, 23, a Coordenação Estadual de Lutas (Conlutas-MG) organizou protestos contra a Emenda 3, a Super-Receita e as reformas neoliberais do governo Lula em Belo Horizonte e na região industrial de Contagem.

Em Contagem, a manifestação foi organizada pela Federação Democrática dos Metalúrgicos e pela Oposição Metalúrgica de BH/Contagem, que fazem parte da Conlutas. Desde às 6h da manhã, os companheiros se concentraram em frente às principais empresas da Cidade Industrial (Belgo Mineira e V&M) e distribuíram jornais da Conlutas denunciando a Emenda 3 e a Super-Receita.

Na V&M, vários trabalhadores pararam para ouvir os companheiros da Federação e da Oposição, que alertavam que “se o governo Lula quisesse, poderia evitar mais este ataque aos nossos direitos e manter o veto presidencial, mas a verdade é que toda a bancada governista já está orientada a derrubar o veto, e o que estamos assistindo é a mais um jogo de cena do governo e das centrais pelegas, como a CUT e a Força Sindical”.

Além disso, o Sindicato dos Gráficos organizou uma manifestação na Gráfica Alterosa, uma das maiores da região.

A CUT, que também concentrou a sua manifestação na Cidade Industrial, afirmava em suas intervenções que “o governo Lula estava dando claras demonstrações de que está do lado dos trabalhadores”.

Em Belo Horizonte, o ato foi na Praça Sete, e contou com carro de som, bandeiras e muitos jornais explicativos distribuídos para a população. Aqui, novamente se repetiu o embate entre CUT e Conlutas. Concentradas no mesmo local, as duas entidades tinham políticas opostas: para a CUT, trata-se de fortalecer governo Lula, como forma de manter as conquistas dos trabalhadores. Já na opinião da Conlutas, “além da Emenda 3, o governo Lula prepara a reforma da Previdência e a reforma trabalhista. As duas vão atacar duramente o direito a aposentadoria e os direitos dos trabalhadores. Por isso, a luta contra a Emenda 3 só pode ser conseqüente se combater as reformas do governo Lula de Conjunto”.

Para Boaventura Mendes, coordenador da Conlutas-MG, “o dia de hoje foi mais um passo para organizar e mobilizar os trabalhadores contra as reformas do governo, que apesar do jogo de cena, governa para os empresários e ataca nossos direitos. Agora é hora de preparar um grande 1º de Maio em todo o país, para dar continuidade ao calendário de lutas aprovado no Encontro Nacional contra as Reformas, que a Conlutas ajudou a organizar”.

Nos dias 30 de abril a 2 de maio, acontecerá o II Encontro dos Movimentos Sociais. O encontro é organizado por diversos movimentos, como pelo MST, MAB, Conlutas, etc. e será parte das manifestações de 1º de Maio, contando com palestras no dia 30, uma grande passeata no dia 1º pela manhã e uma marcha no dia 2.