O objetivo é ganhar os trabalhadores para a necessidade da luta contra ataques dos patrõesNesta semana a Conlutas, por meio de sua secretaria executiva nacional, lança um abaixo-assinado dirigido ao presidente Lula e ao Congresso Nacional em defesa de importantes bandeiras dos trabalhadores, contra os efeitos da crise econômica sobre os explorados e oprimidos (leia ao lado a íntegra do texto).

A partir de maio, entidades e movimentos filiados à Conlutas e às coordenações estaduais estão comprometidos a passar este abaixo-assinado em suas bases de intervenção e nas concentrações populares.

No segundo semestre deste ano, o documento será entregue ao Congresso Nacional e à Presidência da República em atividade em Brasília. Esse evento ainda será definido pela Conlutas em conjunto com outras organizações que estão impulsionando o plano de ação da plenária nacional realizada em Belém. Todas as regionais estaduais da Conlutas devem, portanto, centralizar o abaixo-assinado para que repassa-lo posteriormente à Conlutas nacional.

Além da Conlutas, outras organizações apoiam a iniciativa do abaixo-assinado, como as que convocaram o seminário nacional sobre a reorganização do movimento, realizado no mês passado em São Paulo.

O objetivo principal do abaixo-assinado é ganhar os trabalhadores para a necessidade da luta e da resistência aos ataques dos patrões e dos governos, batalhando por nossas principais reivindicações.

Nesse sentido, a Conlutas continua propondo às demais centrais sindicais a realização de um dia nacional de lutas e paralisações contra as demissões e a redução de salários e direitos.

A conta da crise não deve recair sobre os trabalhadores, que os ricos paguem por ela. Da mesma forma, a Conlutas apoiará ativamente a semana de mobilização convocada pelo MST para a primeira semana de junho.

Leia, a seguir, o texto do abaixo-assinado.

Abaixo-assinado dirigido ao Congresso Nacional e ao presidente da República
Os trabalhadores e trabalhadoras que subscrevem este abaixo-assinado vêm à presença dos representantes do Congresso Nacional e ao Sr. Presidente da República exigir que sejam adotadas medidas para defender os trabalhadores e trabalhadoras e suas famílias frente aos efeitos da crise na economia.

Não aceitamos que sejam os trabalhadores e trabalhadoras os sacrificados, novamente. O ônus por esta situação cabe às grandes empresas e aos bancos, que obtiveram lucros imensos no passado recente. Dada a gravidade da situação, pedimos urgência na adoção das seguintes medidas concretas:

  • Adoção imediata de uma lei que garanta estabilidade no emprego, coibindo as demissões que ocorrem em grande quantidade em todos os setores da economia.
  • Redução da jornada de trabalho, sem redução dos salários, e manutenção de todos os direitos trabalhistas e sociais.
  • Que o governo deixe de enviar recursos públicos às empresas e aos bancos e destine um volume maior de investimentos para a construção de moradias populares, saneamento básico, escolas, hospitais, transporte público e reforma agrária.
  • Atendimento das reivindicações relacionadas à aposentadoria e aos aposentados: reajuste das aposentadorias pelo mesmo índice do salário mínimo, recomposição do valor dos benefícios ao valor do momento da concessão e fim do fator previdenciário
  • Respeito aos reajustes salariais previstos nos acordos feitos com os servidores federais. Valorização dos serviços e servidores públicos.
  • Reestatização sob controle dos trabalhadores e trabalhadoras da Embraer, da Vale e da CSN com reintegração imediata de todos os demitidos por essas empresas.
  • Petrobras 100% estatal! O petróleo tem que ser nosso!

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