Ativistas lotaram auditório do Sindicato dos Químicos
Clara Zardo

Uma plenária com dirigentes sindicais de Campinas e com a participação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) decidiu pelo apoio à Frente de Esquerda nas eleições municipais. A Frente é composta, na cidade, pelo PSTU, PSOL e PCB.

A plenária ocorreu no Sindicato dos Químicos. Participaram trabalhadores de várias categorias, além de representantes do movimento popular e da juventude.

O MST e o MTST compuseram a mesa e declararam o apoio à campanha da Frente. Eles declararam que são as únicas candidaturas que representam os interesses dos trabalhadores do campo e da cidade e que podem fazer o enfrentamento com o latifúndio e com o agronegócio.

A Conlutas, representada por Zago, diretos do Andes, e a Intersindical, representada por Índio, bancário de São Paulo, também afirmaram que o apoio à Frente significa ter candidaturas que lutem contra a retirada de direitos dos trabalhadores e vinculadas às campanhas salariais em curso.

Infelizmente, os companheiros da ASS, que são da Intersindical e dirigem o Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas, não compareceram, se omitindo no debate eleitoral. Na prática, muitos de seus dirigentes estão fazendo campanha para o PT, que está coligado com partidos burgueses.

O candidato a prefeito Paulo Búfalo (PSOL) chamou os presentes a organizarem um Grito dos Excluídos de luta na cidade, contra a criminalização dos movimentos sociais. Ele referiu-se aos vários ataques sofridos pelas organizações de trabalhadores, como MST e Conlutas.

Sílvia Ferraro (PSTU), candidata a vice-prefeita, colocou a importância de unir os lutadores nas eleições, mas também nas lutas. Ela falou da necessidade de unificar a Conlutas e a Intersindical.