O 1º Congresso Nacional de Trabalhadores acaba de votar, às 15h33, a fundação de uma nova entidade. Por decisão da ampla maioria, está fundada a Conlutas. O clima entre os delegados e participantes ainda é de muita emoção. Eles se abraçam e cantam “A Conlutas é para a ação, está surgindo uma nova direção!”.

A Central Única dos Trabalhadores cumpriu seu papel na história. Porém desde que virou parte do governo Lula, atacando os trabalhadores e impedindo as lutas, deixou órfãos milhares de trabalhadores. Agora, a classe trabalhadora não está mais abandonada: nasce, hoje, em Sumaré, São Paulo, uma nova referência, verdadeiramente combativa e classista. “Essa é, talvez, a decisão mais importante que a classe trabalhadora tomou nas últimas décadas”, disse Luís Carlos Prates, o Mancha, do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos ao defender a proposta de fundação da entidade.

Houve defesa contrária à proposta. Os setores que defenderam contra a proposta também estavam contrários à ruptura com a CUT. Eles argumentaram que “temos de colocar a CUT a serviço da revolução proletária”, como falou Ana Raquel, da Corrente Proletária da Educação. Na sua contribuição, eles ainda fizeram um chamado à Conlutas para que revisse a sua posição de ruptura com a CUT.

Entretanto, o plenário, soberano, decidiu avançar na luta. Os participantes erguiam seus crachás e jogavam papel picado para o alto. A comemoração fez com que o debate para discutir o caráter da nova entidade só pudesse ser retomado cerca de dez minutos após a votação.

  • Delegados comemoram criação da Conlutas. Veja as fotos