Nos dias 4 e 5 de setembro aconteceram as eleições para a direção do Sindicato dos Metalúrgicos de Divinópolis e Região. Com 5 mil trabalhadores na base, esse sindicato dirigiu importantes greves no passado.

Três chapas disputavam a direção: a chapa 1, com a participação de 70% da atual diretoria, a chapa 2, da CUT, e a chapa 3, da CTB.
A chapa 1 foi eleita com 60,57% (951) dos votos válidos. A chapa 2 ficou com 26% (409) e a chapa 3 com 13,37% (210).

O debate eleitoral foi pautado pela questão ética e pela defesa dos direitos e salários. O ex-presidente e o ex-tesoureiro do sindicato haviam sido expulsos por desvios comprovados de R$ 141 mil. Os trabalhadores e a direção do sindicato realizaram a assembléia de expulsão dos dois em janeiro. Os dois encontraram então abrigo na CUT.

Ao serem expulsos, junto com a CUT os dois formaram uma chapa de oposição. Esses diretores são também odiados pela categoria por entregarem vários direitos dos metalúrgicos.

Campanha Salarial
Nos últimos anos, as campanhas salariais nunca aconteciam de fato. Os acordos eram rebaixados e sempre vinham com alguma retirada de direitos. Isso levou a uma grande queda nos salários e péssimas condições de trabalho.

Durante as eleições, a categoria demonstrou um alto nível de mobilização. Em várias empresas, os metalúrgicos diziam que primeiro é preciso defender o sindicato, e depois entrar com força na campanha salarial.

“Os trabalhadores agora têm um sindicato a serviço dos metalúrgicos, sem rabo preso com os patrões e com o governo”, disse Giba, da Federação Democrática dos Metalúrgicos de Minas Gerais.

Post author Geraldo Silva, de Contagem (MG)
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