Começa nesta quinta-feira, 4, e vai até domingo, 7, o 2º Congresso Nacional da CSP-Conlutas, que ocorre em Sumaré (SP). Esse congresso irá debater, com a presença de delegados de todo país e de diversas categorias que lutaram, os temas em evidência no Brasil e no mundo e irão fazer o balanço político e organizativo da Central para preparar os próximos passos das mobilizações. Ocorre em um momento especial da conjuntura onde o governo Dilma (PT) junto ao PMDB e PSDB nos estados aplicam planos de austeridade contra os trabalhadores.

As delegações participantes representam sindicatos dos mais diversos segmentos, movimentos sociais e de luta contra as opressões. Este será um espaço privilegiado e importante para definir as estratégias dos trabalhadores em defesa dos seus direitos. É o principal fórum deliberativo da CSP-Conlutas e serão definidas as ações para os próximos dois anos da Central.   Estarão representados no Congresso categorias de trabalhadores que protagonizaram as lutas e as rebeliões de base do último período, em especial os setores operários, dos transportes, da limpeza urbana e os movimentos populares da cidade e do campo.  

São muitos os ataques.  O ajuste fiscal e de tarifas públicas, a elevação dos juros e novos cortes no orçamento, assim como as medidas provisórias 664 e 665 que implicam numa minirreforma trabalhista e da Previdência Social. A conta da crise econômica, mais uma vez, está sendo jogada nas costas da população pobre e trabalhadora.  

Esta gestão do governo de Dilma Rousseff será de muitos enfrentamentos com a classe trabalhadora brasileira. A CSP-Conlutas se prepara para esse cenário e seu 2º Congresso pretende cumprir um papel importante na organização das lutas e na disputa da direção do movimento dos trabalhadores em nosso país.  

Também são muitas lutas e resistência dos trabalhadores. Este ano de 2015 está sendo marcado por greves e mobilizações contra planos de arrocho que o governo federal vem aplicando seguido pelos governos estaduais e municipais nos respectivos estados e cidades.  

A CSP-Conlutas tem feito um esforço pela unidade das centrais sindicais na luta com os dias nacionais de paralisações com forte adesão no dia 15 de abril e 29 de maio. Entretanto, nossa Central defende ainda o chamado para uma greve geral no país, contra as MPs 664 e 665, contra a terceirização e o ajuste fiscal.  

A Central também se fortalece em vários setores como uma referência para a luta da classe e espaço de organização de setores da esquerda sindical, popular e da juventude. Intervém nas mais importantes lutas, e tem tido a iniciativa política de ampliar a unidade, como a Marcha Nacional de 2013 e no Encontro Nacional “Na Copa vai ter luta”, em 2014, com as entidades do Espaço de Unidade de Ação e que se ampliou para setores como o Jubileu Sul.  

Temos tido avanços na organização da Central, como a ampliação do trabalho no campo, com a organização de dezenas de novos sindicatos e a decisão da Feraesp (Federação dos Trabalhadores Assalariados Rurais de São Paulo) de se filiar à Central. Entre tantos outras entidades, como a recente filiação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri (AC).   Nosso Congresso deve se orientar, desde a sua preparação, na base, para refletir as principais lutas e organização dos trabalhadores em todo o país.  

Programação  
A programação do Congresso contará com mesas e painéis temáticos na quinta, sexta e sábado.  

Na quinta será a mesa sobre a conjuntura nacional e internacional, com os convidados Zé Maria (PSTU), Mauro Iasi (PCB) e Luciana Genro (Psol).   Na sexta-feira, será o painel temático sobre o campo e trabalhadores rurais. No sábado haverá painéis sobre Movimento Operário/Sindical e Organização de Base, e sobre Opressões, violência e criminalização.

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