Ocorreu de 30 de agosto a 2 de setembro em Miguel Pereira (RJ) o oitavo Congresso do Sindsprev-RJ (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho e Previdência Social no estado do Rio de Janeiro). O congresso contou com 735 delegados de todo o estado e aprovou um importante calendário de lutas para o próximo período.

Seguindo o calendário definido pela Conlutas e as entidades envolvidas na organização do plebiscito, os delegados aprovaram a participação do sindicato nas mobilizações do dia 25 de setembro, quando ocorre a entrega do resultado da votação e, principalmente, a participação na marcha a Brasília do dia 24 de outubro. O Sindsprev-RJ calcula que levará, sozinha, 15 ônibus à marcha contra as reformas do governo Lula.

Filiação à Conlutas
Outra importante votação se refere à filiação oficial do sindicato à Conlutas. O congresso definiu a realização de uma plenária estatutária do sindicato, antes do congresso da Conlutas em 2008, para aprovar a filiação do Sindsprev-RJ à Coordenação. No mesmo sentido, os delegados aprovaram o chamado à construção de uma nova alternativa de luta, aglutinando principalmente a Conlutas e a Intersindical, mantendo o caráter e abrangência da Conlutas. Essa medida foi defendida por todas as correntes presentes no Congresso, com exceção da CSC (PCdoB).

Eleições e democracia
Na ocasião, foram também realizadas as eleições para a diretoria da entidade. A Democracia e Luta (PSTU e independentes) obteve 14,6% dos votos, expressando os 107 delegados que se aglutinaram ao redor da chapa. O bloco do MTL, C-SOL e PCML foram majoritários compondo 72% do congresso.

A Democracia e Luta, no entanto, polarizou durante o congresso sobre a concepção do sindicato e a necessidade de democracia no interior da entidade. Isso porque o bloco dirigido pelo MTL fez aprovar a concepção de “sindicato comunitário”, ou seja, a possibilidade do sindicato filiar os movimentos sociais, associações, etc. No entanto, como contrapartida restringiu a democracia no sindicato, impondo, por exemplo, alteração na composição da diretoria, fim da autonomia financeira dos Núcleos de Base e a redução da representação dos Conselhos de Delegados.

O grupo composto por militantes do PSTU e independentes polemizou com essa questão, ressaltando a necessidade de partir do nível de consciência da classe trabalhadora, organizando os trabalhadores em suas categorias. E, principalmente, sobre a importância da mais ampla democracia na entidade.

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