O congresso do ANDES/SN, realizado entre 5 e 10 de março, em Cuiabá (MT) reuniu mais de 350 delegados de todo o país.

Dentre as principais discussões do evento, esteve a preocupação com a busca de unidade do funcionalismo público federal, para combater a política de arrocho salarial e a privatização mascarada – como as PPPs e o PROUNI – do serviço público, imposta pelo governo Lula.

Considerando a CNESF (Coordenação Nacional da Entidades dos Servidores Federais), como fator decisivo para a aglutinação das organizações do funcionalismo federal, o congresso aprovou a deflagração imediata da Campanha Salarial dos SPFs, indicando a realização de uma plenária nacional em abril. Tendo em vista a divisão ocorrida nas campanhas salariais de 2004 e 2005, esta resolução assume um caráter de relevância para a retomada das lutas unificadas do funcionalismo, sobretudo na cruzada pela anulação da reforma da Previdência.

A lamentar fica a resolução sobre a Conlutas e o Conat. O Andes, que foi um impulsionador importante na construção da Conlutas, infelizmente aprovou a participação no Conat apenas como observador e votou contra a fundação de uma nova organização para a classe trabalhadora e os movimentos sociais, em alternativa à governista CUT. No entanto, contra a posição de setores anti-Conlutas, foi decidido que a relação da entidade com essa organização deve se manter no marco da unidade para lutar, e na cooperação para elaborar políticas que defendam os servidores, o serviço público e o conjunto dos trabalhadores.

A resolução não impede a eleição de delegados pela base ao Conat das Seções Sindicais. Assim, é preciso garantir as assembléias e uma boa representação dos professores do ensino superior no Congresso Nacional dos Trabalhadores.

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