O 9º Congresso da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), no Rio de Janeiro, ocorreu de 17 a 19 de julho. A mesa de conjuntura abriu o debate político do evento com a participação de Edison Munhoz Filho, pela CUT, e Joaninha, pela CSP-Conlutas. A luta contra os ataques do governo e dos patrões aos trabalhadores foi o eixo principal dessa discussão.

Com a crise econômica e política que vive o país, os trabalhadores estão diante dos duros ataques do ajuste fiscal do governo Dilma. O governo e as grandes empresas querem repassar a crise para os trabalhadores que sofrem com o aumento do custo de vida, o avanço da terceirização, demissões, redução de salários e o ataque a direitos como aposentadoria e seguro-desemprego.

Os trabalhadores da Petrobrás estão envolvidos diretamente nessa realidade. A crise aberta com os escândalos de corrupção deixa evidente a ameaça de privatização da Petrobrás. O primeiro passo já foi dado com a desvalorização artificial da empresa. Com esta medida o governo pretende depenar a Petrobrás, repetindo o que foi feito com estatais como a CSN ou a Vale, ambas privatizadas a preço de banana. Hoje quem mais sente os efeitos dessa política são os petroleiros terceirizados, com demissões em grande escala.

A venda de ativos da Petrobrás é outro grande ataque do Governo Dilma. É o maior ataque desde o fim do monopólio estatal. Surfando nessa onda de escândalos e privatizações do governo, a oposição de direita quer piorar ainda mais a já entreguista lei da partilha do Pré-sal. Com o Projeto de Lei do Senado, o PLS 131 de José Serra (PSDB), a Petrobrás perderia a participação de 30% e seu papel de operadora única do Pré-sal.

O Congresso da FNP aposta na construção de uma ampla unidade entre todos os trabalhadores, das bases dos 17 sindicatos de petroleiros, para resistir a estes ataques através de um calendário de lutas. O primeiro desafio que está colocado é a mobilização convocada para o dia 24 de julho, que possa levar a uma forte greve nacional da categoria e derrote os planos do governo Dilma e da oposição de direita. O PSTU está junto na construção destas iniciativas e na luta por uma Petrobrás 100% estatal, pública e sob o controle dos trabalhadores.