Nos dias 5 e 6 de junho, no Centro de Convenções Mendes, na Cidade de Santos (SP), acontece o Congresso da Classe Trabalhadora. Esse evento é do movimento sindical e popular convocado pela Coordenação Nacional de Lutas – Conlutas, a Intersindical, o Movimento Terra, Trabalho e Liberdade – MTL, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto – MTST, o Movimento Avançando Sindical – MAS e representantes da Pastoral Operária da Cidade de São Paulo.

Ao todo participam deste Congresso 537 entidades, e dentre estas 238 Sindicatos, além de oposições sindicais e movimentos populares. Serão cerca de 3.200 delegados de todas as partes do país, eleitos em mais de 900 assembléias realizadas nos meses de abril e maio deste ano.

Este Congresso representa um contraponto a Conferência realizada no dia 1º de junho pelas cinco centrais sindicais (CUT, Força Sindical, CTB, NCST e CGTB) que apóiam o Governo Lula. Estas centrais representam o movimento sindical que foi domesticado, abrindo mão da defesa dos interesses dos trabalhadores para apoiar as medidas e participar do governo.

O Congresso da Classe Trabalhadora vai expressar um setor importante do movimento sindical e popular, que embora minoritário, tem conquistado muita força nas lutas que os trabalhadores brasileiros vêm protagonizando nos últimos sete anos. A proposta é o fortalecimento de um movimento sindical e popular independente dos governos, dos patrões e do Estado, e também sem o controle dos partidos políticos.

Por exemplo, este Congresso deve aprovar, praticamente por unanimidade, a proposta do fim do Imposto Sindical, um dos instrumentos principais de cooptação de sindicatos e centrais sindicais ao Estado e aos governos, e que é defendido pelas centrais sindicais que apóiam o Governo Lula.

A principal discussão do Congresso da Classe Trabalhadora é a proposta de construção de uma central sindical e popular que unifique em uma mesma entidade nacional as organizações que o convocaram e as que se somaram durante a sua preparação.

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