Conlutas convoca mobilização em defesa da redução da jornada e contra a retirada de direitos. Ocupação do Haiti também será alvo de protestos. Confira alguns dos atos que estão ocorrendo hoje.Esse dia 28 de maio será marcado por atos e paralisações exigindo a redução da jornada de trabalho e contra a retirada de direitos. Em todo o país, os trabalhadores vão às ruas. Enquanto todos os setores da economia crescem e lucram como nunca, os salários estão arrochados e o ritmo de trabalho só cresce.

Hoje, a CUT e as demais centrais convocam um dia em defesa apenas da jornada de 40 horas semanais e priorizam a organização de um abaixo-assinado em favor de uma lei que estabelece tal jornada. A Conlutas, ao contrário, luta pela redução da jornada e contra a chamada flexibilização dos direitos, como o banco de horas, uma forma disfarçada de aumentar a jornada sem o pagamento de horas extras.

A CUT e demais centrais não tocam na questão dos direitos, pois, na prática, aceitam o banco de horas e outras formas de flexibilização. Nesse dia 28, no entanto, as entidades ligadas à Conlutas colocarão na ordem do dia essa questão, ao lado da redução da jornada e o aumento dos empregos.

Mobilizações
Os metalúrgicos de São José dos Campos (SP) dão o exemplo. Eles lutam contra a imposição de banco de horas pela GM, uma das maiores montadoras do mundo. Hoje, os operários da GM fazem ato público na planta da cidade, ás 17 horas. Além disso, haverá manifestações nas fábricas da região das Chácaras Reunidas e nas concessionárias da GM. Os trabalhadores da construção civil da refinaria Revap, em greve por reajuste salarial, realizam pela manhã uma grande passeata.

No Rio de Janeiro os trabalhadores do Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação) incorporam o dia às suas reivindicações específicas. Os trabalhadores da educação realizam hoje o “Dia Estadual do Protocolo”, a fim de exigir do governo a incorporação de uma gratificação ao salário.

Na capital carioca ocorre ainda um ato em frente ao consulado norte-americano contra a ocupação militar do Haiti. O ato foi aprovado no I Encontro Estadual de Negros e Negras da Conlutas, realizado no último dia 24, reunindo 120 pessoas de todo o estado. A data ainda aproveita a presença de Lula no país caribenho. O ato ocorre às 16 horas.

Em Fortaleza (CE) os trabalhadores rodoviários fazem passeata pela cidade. A categoria luta contra a direção do próprio sindicato e por reajuste salarial, tendo o dia 29 como indicativo para a retomada de sua greve. As trabalhadoras da confecção feminina vão paralisar por 1 hora na empresa Terceira Via, uma das maiores da região. Ao final da tarde os operários da construção civil fazem assembléia para eleger os 41 delegados ao Congresso da Conlutas e também para discutir a campanha pela redução da jornada.

O PSTU defende a redução da jornada para 36 horas, sem redução de salários e direitos. Só assim será possível gerar empregos e reduzir o ritmo de exploração. O partido também apresenta um programa para combater a crise econômica, que inclui a redução e o congelamento dos preços dos alimentos.