O movimento Mulheres em Luta, ligado à Conlutas realiza uma caminhada pela Avenida Paulista neste sábado (6), com concentração às 10h, na Praça Oswaldo Cruz (perto do Shopping Paulista). A caminhada seguirá até o MASP. A atividade marca o 8 de março, Dia Internacional da Mulher, data que completa seu centenário neste ano.

O Mulheres em Luta vai às ruas nas principais capitais do país (veja algumas atividades abaixo) levantando entre suas principais bandeiras a de creches em período integral e a imediata ampliação da licença maternidade para seis meses, obrigatória e sem isenção fiscal para as empresas.

Isto porque acredita que hoje são essas as necessidades mais sentidas pelas mulheres que trabalham e não conseguem sequer se recuperar de um parto e amamentar seus filhos. “As mulheres vivem o drama de ter que voltar ao trabalho e não ter com quem deixar seus filhos, pois no Brasil há um déficit de creches chega a 84%”, afirma uma das dirigentes do movimento, Janaína Rodrigues.

O movimento feminista da Conlutas não irá realizar manifestações com outras organizações e entidades como a CUT, a CTB e a Marcha Mundial de Mulheres. Segundo Janaína, seria melhor se as entidades estivessem unidas para lutar pelos direitos das mulheres trabalhadoras contra a violência doméstica, por salário igual para trabalho igual, por creches e licença maternidade ampliada. Mas ela acredita que isto não está acontecendo. “Infelizmente, organizações como CUT, CTB e Marcha Mundial de Mulheres, estão neste 8 de março unificadas para apoiar de forma cega as medidas do governo Lula, como a Lei Maria da Penha, como se essa lei tivesse garantido a diminuição da violência, e o estatuto da igualdade racial, como se isso pudesse de fato acabar com o racismo, além da carta de direitos humanos do governo”, diz a dirigente.

Para Janaína, além de não ser correto apoiar sem qualquer tipo de questionamentos as medidas do governo, muitas reivindicações ainda têm de ser feitas. Isto porque, mesmo depois de um século de lutas, seja no seu local de trabalho ou em seus lares, as mulheres continuam a ser submetidas ao machismo e à exploração. “Batalharam seu espaço no mercado de trabalho, porém há muito a ser conquistado. A luta contra a violência, contra a precarização do trabalho e os salários pagos, considerados cerca de 30% menores aos pagos aos homens, ainda são os principais desafios impostos as mulheres brasileiras, além da creche e da licença maternidade”, comenta.

Durante os atos realizados nas principais capitais, o Mulheres em Luta também denunciará a ocupação militar no Haiti e fará campanha de arrecadação para as mulheres trabalhadoras daquele país. A Conlutas já enviou R$ 163 mil para a organização operária e popular haitiana Batay Ouvriye (Batalha Operária), com arrecadações feitas em entidades e com os trabalhadores.

Confira a programação dos atos:

São Paulo (capital)
O ato será dia 6 de março (sábado)
Atividade: Caminhada na Avenida Paulista
Horário: 10h
Local: Concentração na Praça Oswaldo Cruz (Avenida Paulista)

Rio de Janeiro (capital)
O ato será no dia 8 de março
Atividade: Tradicional passeata na Avenida Rio Branco
Horário: 17h

Belo Horizonte (MG)
O 8 de Março será marcado por diversas atividades
Atividade: Ato em defesa das trabalhadoras demitidas, organizado pelo SINDEESS
Horário: 11h
Local: Concentração na Praça da Estação
Atividade: Grande marcha dos movimentos feministas e sociais de BH e Minas Gerais.
Horário: 13 h
Local: Concentração na Praça da Assembléia

Belém
A manifestação será no dia 8 de março, com concentração em frente ao Ministério Público às 8h. A Asfunpapa protocolou o pedido de audiência no Ministério Público, pela exigência de creches, então irá entrar uma comissão para essa audiência, entram os seguintes representantes:Movimento Popular (Águas Lindas, Tenoné, Terra Firme, ) Anel, Adufpa, Asfunpapa, Pastoral e Construção Civil.

Nova Friburgo (RJ)
Paralisação no dia 8 de março
Atividade: Paralisação da rede municipal e ato público
Horário do ato: 12h
Local do ato: Escadarias da antiga Telerj (OI), em frente à Prefeitura de Friburgo

Natal (RN)
O 8 de Março será marcado por diversas atividades no dia 8 e no dia 9
Atividade: Ato público Na cidade de São Gonçalo do Amarante – Grande Natal
Horário: Período da manhã
Participação: Terá a participação da educação municipal que está em greve, Saúde e algumas comunidades da cidade
Atividade: Caminhada e ato público nas ruas de Natal
Horário: Período da tarde
Participação: Entidades da Conlutas, a intersindical, MST (500 mulheres), estudantes, Pstu, Psol
Data: 9/03
Horário: 19h
Atividade: Debate no auditório da Biblioteca da UFRN – A luta das contra a opressão e a violência
Promoção: CA de Serviço Social/ Anel

Teresina (PI)
O evento será dia 8 de março
Atividade: Debate, seguido de manifestação
Horário: 16h
Local: Auditório da Fetag, na avenida Frei Serafim

b>São Luís (MA)

Dia 5: Ato Show – Mulheres em Luta. Por um 8 de Março classista e feminista!
Dia 8: 7h – Panfletagem na Praça Deodoro; 18h30 – Cem Anos de Luta Internacional da Mulher: história, conquistas e Emancipação da mulher trabalhadora
Mesa Redonda: representantes das Entidades: APRUMA, Quilombo Urbano, GT de Educação/Conlutas, SINTRAJUFE, ANEL, Bancários. Local: Sindicato dos Bancários (Rua do Sol – 413 – Centro)