Aconteceu nos dias 25, 26 e 27 de março, em São Paulo, o 540 Conselho Nacional de Entidades Gerais (Coneg) da UNE. O conselho não passou de um jogo de cartas marcadas onde o PCdoB, Articulação (tese Mudança) e a Democracia Socialista (tese Kizomba) aprovaram resoluções de apoio ao governo Lula e suas reformas neoliberais.
O PCdoB teve ainda a ousadia de defender a manutenção das tropas do exército brasileiro no Haiti, permitindo assim a continuidade da opressão desse povo a serviço dos interesses coloniais dos EUA. A resolução sobre a reforma Universitária, apresentada por essas teses, reproduz todas as mentiras do governo quando diz que ela vai “fortalecer a Universidade Pública”, ou que o “Anteprojeto combate o neoliberalismo”.

O regimento, aprovado para o próximo Congresso da UNE, define o critério de participação como um delegado para cada 2 mil estudantes. Isso é a máxima comprovação do burocratismo e do autoritarismo na UNE, que vai impedir qualquer possibilidade de discussão democrática das teses de oposição. Como não poderia deixar de ser, o Coneg não aprovou nenhum calendário de luta, a não ser atos em defesa do governo e de sua reforma nos dias 6 e 27 de abril.

Legitimação
A participação do P-SOL no Coneg apenas legitimou esse fórum burocrático e governista que desarmou uma grande parte dos estudantes em luta. Pior, o P-SOL prefere participar do Coneg a construir a Conlute. Nunca é tarde, porém, para a unificação dos lutadores. Achamos que os companheiros devem romper com a UNE, mas não colocamos isso como condição para a construção da luta. Convidamos o P-SOL para participar do encontro que a Conlute irá realizar no meio do ano para juntos derrotarmos o governo Lula e suas reformas.

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