Defesa do serviço público usará surto de febre amarela para demonstrar importância do setor e descaso do governoA última reunião da diretoria da Confederação Nacional dos Trabalhadores Públicos Federais (Condsef) aprovou uma campanha de defesa do serviço público que incluirá o tema da febre amarela. A proposta deverá ser levada, agora, para debate na reunião da Bancada Sindical dos servidores públicos federais, que reúne 25 entidades do funcionalismo federal.

A idéia é contrapor o pagamento da dívida externa ao ressurgimento da doença endêmica que já havia sido dada como erradicada no Brasil. A proposta foi defendida pelo grupo Luta Servidor, oposição à maioria da direção da entidade. Segundo o grupo, o pagamento das dívidas interna e externa impede o investimento em áreas sociais, sobretudo em saúde.

Para Beth Lima, diretora do Sindicato dos Servidores Públicos Federais de São Paulo e membro do Luta Servidor, é a “a luta por um serviço público digno e de qualidade que poderá reverter esta situação, e esta luta é de todos, do conjunto da classe trabalhadora”.

Beth lembrou que o avanço da febre amarela é conseqüência do desmonte dos serviços públicos. “Um governo que prioriza o pagamento da dívida aos banqueiros internacionais e nacionais, que governa para a burguesia e transforma o serviço público num ‘balcão de negócios´, com privatizações, terceirizações, sucateamento e loteamento dos cargos, não tem verbas necessárias para fazer um combate efetivo às endemias, como a febre amarela e a dengue”, disse Beth.

A reunião da Bancada Sindical que resolverá sobre o tema acontece no dia 12 de fevereiro.