Operários encontraram a fábrica parada

Sindicato realiza entrevista coletiva, hoje, às 15h, e assembleia com os trabalhadores, às 17hOs trabalhadores da General Motors foram surpreendidos, nesta terça-feira, dia 24, com a decisão da empresa de impedir a entrada de todos na fábrica. Até mesmo os funcionários terceirizados foram proibidos de ter acesso à empresa.

Os trabalhadores do terceiro turno, que estavam dentro da fábrica, receberam ordens para que saíssem antes mesmo do término do expediente.

Já os funcionários que iriam assumir o 1º turno receberam o comunicado da empresa nos pontos de ônibus, entregue pelos próprios motoristas. Ninguém foi levado à fábrica.

Esta atitude antidemocrática da GM se caracteriza como locaute (paralisação patronal), o que é proibido pela legislação brasileira.

A paralisação acontece no dia em que havia sido programado um ato unificado na empresa entre sindicatos e centrais sindicais e às vésperas de importantes reuniões entre a GM, o Sindicato e o governo federal.

Esta atitude só aumenta a insegurança entre os trabalhadores e deixa clara a intenção da montadora em realizar uma demissão em massa a qualquer momento e impedir a resistência dos metalúrgicos.

É inadmissível que uma empresa que recebe todo tipo de recursos públicos e ajuda dos governos tome uma atitude dessas.

O Governo Federal tem de assumir sua responsabilidade em defesa dos empregos e tomar uma atitude enérgica em relação à GM.

O ato unificado, marcado para a tarde desta terça-feira, foi cancelado. O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e região convoca todos os trabalhadores para uma assembleia, nesta terça-feira, às 17 horas, na sede da entidade (Rua Maurício Diamante, 65).

Coletiva para a imprensa
Diante da gravidade da situação e da iminência de uma demissão em massa, o Sindicato dos Metalúrgicos realiza uma entrevista coletiva nesta terça-feira, dia 24, às 15h, na sede da entidade.

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