Ruptura – Um Processo Revolucionário, direção de Márcio Boaro, tem pré-estreia em São Paulo, no Teatro Coletivo, nos dias 21 a 25 de abril. Espetáculo fala da Revolução dos Cravos foi convidado para festival em Portugal.A Revolução dos Cravos, movimento que derrubou a ditadura salazarista em Portugal na década de 1970 e instalou a democracia no país, ganha montagem no Brasil com o apoio do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo e leva aos palcos um dos mais importantes momentos da história recente portuguesa, que permanece praticamente desconhecido do público brasileiro.

O espetáculo Ruptura – Um Processo Revolucionário, da Cia. Ocamorana, foi convidado a se apresentar na 30ª edição do Fazer a Festa, o terceiro festival internacional de teatro mais antigo de Portugal. A pré-estreia, em São Paulo, acontecerá de 21 a 25 de abril no Teatro Coletivo, às 21h.

Dirigido por Márcio Boaro e com dramaturgia assinada por este, a encenação prima pelo teatro épico e documental, fortemente influenciada pelo dramaturgo alemão Peter Weiss, ao qual faz referências com excertos de cenas do texto O Canto do Fantoche Lusitano, ainda inédito no Brasil, e recria toda a efervescência política e cultural daquele momento.

A companhia Ocamorana levará aos palcos um retrato fiel dos dias que antecederam o processo democrático em Portugal; das guerras coloniais na África; das angústias dos soldados do exército português, que levaram a cabo a revolução; do cotidiano de pessoas comuns, que após 30 anos de ditadura tiveram de aprender a lidar com a liberdade; e da reinvenção de uma nação que teve de pavimentar os caminhos da democracia. O espetáculo retrata, ainda, o que esse período tem em comum com os meses que antecederam as Diretas Já! no Brasil, exatamente dez anos após.

Nesses tempos em que os rebeldes da Líbia lutam contra a tirania do ditador Muammar Gadaffi para devolver ao povo a liberdade e a soberania do país, o espetáculo da companhia Ocamorana traz à cena uma profunda reflexão sobre o quanto um processo revolucionário pode mudar concretamente a vida das pessoas, suas relações e abrir perspectivas de liberdade e de emancipação.

O espetáculo Ruptura – Um Processo Revolucionário tem o cenário assinado por Antonio Marciano; figurinos de Renato Bolelli Rebouças, que recebeu Prêmio Shell, em 2009, pela cenografia de Arrufos; e direção musical de Bruno Boaro e Markus Vinicius. A pesquisadora Iná Camargo Costa é a dramaturgista da Cia. Ocamorana. No elenco, estão Alexandre Krug, Manuel Boucinhas, Mônica Raphael, Raíssa Gregori, Sérgio Audi e Sílvia Garcia.

Sobre a Cia Ocamorana
A Cia Ocamorana estreou em 2001 no teatro paulistano, encenando o clássico americano A Máquina de Somar, de Elmer Rice, com tradução de Iná Camargo Costa e Márcio Boaro. Antenada às transformações sociais, a companhia tem focado sua pesquisa no teatro épico e, nos últimos anos, colocou em cartaz os espetáculos As Aventuras e Desventuras de Maria Malazartes durante a Construção da Grande Pirâmide, de Chico de Assis, e A Guerra dos Caloteiros, de Márcio Boaro e Iná Camargo Costa. Em 2010, a companhia foi contemplada pelo Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo para a pesquisa sobre o processo da Revolução dos Cravos, que culminou no espetáculo Ruptura – Um Processo Revolucionário.

SERVIÇO:
RUPTURA – Um Processo Revolucionário
Texto e Direção: Márcio Boaro
Cenografia: Antonio Marciano
Figurinos: Renato Bolelli Rebouças
Direção musical: Bruno Boaro e Markus Vinicius
Dramaturgista: Iná Camargo Costa
Elenco: Alexandre Krug, Manuel Boucinhas, Mônica Raphael, Raíssa Gregori, Sérgio Audi e Sílvia Garcia

Teatro Coletivo – Sala 1
Dias 21, 22, 23 e 25 às 21h
Dia 24 às 20h
Rua da Consolação, 1.623
Tel.: (11) 3255 5922
Lotação: 134 lugares
Acesso a deficientes
Estacionamento conveniado (Rua da Consolação, 1.681 – R$ 8,00)
ENTRADA FRANCA
http://www.teatrocoletivo.com.br

Cia Ocamorana
Mônica Raphael – (11) 3255 5922 / 6623 8168 / 8648 3191
[email protected]