Cartaz da peça
Divulgação

O espetáculo “Ruptura – Um Processo Revolucionário”, da Cia Ocamorana é um retrato do movimento que derrubou a ditadura salazaristaO espetáculo “Ruptura – Um Processo Revolucionário”, da Cia Ocamorana é um retrato da Revolução dos Cravos, movimento que derrubou a ditadura salazarista em Portugal na década de 1970, em um dos mais importantes momentos da história recente portuguesa.

Dirigida por Márcio Boaro, a encenação prima pelo teatro épico e documental, fortemente influenciada pelo dramaturgo alemão Peter Weiss, ao qual faz referências com cenas do texto O Canto do Fantoche Lusitano, inédito no Brasil.

A companhia Ocamorana levará aos palcos um retrato fiel dos dias que antecederam o processo democrático em Portugal; das guerras coloniais na África; das angústias dos soldados do exército português, que levaram a cabo a revolução; do cotidiano de pessoas comuns, que após 30 anos de ditadura tiveram de aprender a lidar com a liberdade; e da reinvenção de uma nação que teve de pavimentar os caminhos da democracia. O espetáculo retrata, ainda, o que esse período tem em comum com os meses que antecederam as Diretas Já! no Brasil, exatamente dez anos após.

Em tempos de derrubada de ditadura nos países árabes e de guerra social na Europa, o espetáculo traz uma profunda reflexão sobre o quanto um processo revolucionário pode mudar concretamente a vida das pessoas, suas relações e abrir perspectivas de liberdade e de emancipação.

O espetáculo Ruptura – Um Processo Revolucionário tem o cenário assinado por Antonio Marciano; figurinos da Usina da Alegria Planetária; e direção musical de Bruno Boaro e Mariana Paudarco; composições de Marcus Vinicius, Mariana Paudarco e Bruno Boaro, com participação especial do violinista Bernabé Romero. A pesquisadora Iná Camargo Costa é a dramaturgista da Cia Ocamorana. No elenco estão Alexandre Krug, Manuel Boucinhas, Mônica Raphael, Raíssa Gregori, Sérgio Audi.

Na preparação do espetáculo, a companhia realizou um trabalho de pesquisa sobre a realidade portuguesa, com palestrantes como Valério Arcary, professor do IFSP e dirigente do PSTU, que participou da revolução dos Cravos, nos anos em que viveu em Portugal.


Sobre a Cia Ocamorana

A Cia Ocamorana estreou no teatro paulistano em 1999, encenando o clássico americano A Máquina de Somar, de Elmer Rice, com tradução de Iná Camargo Costa e Márcio Boaro. Atenta às transformações históricas e sociais, a companhia foca sua pesquisa no teatro épico e, nos últimos anos, tem aprofundado seus estudos em teatro documental. Colocou em cartaz os espetáculos As Aventuras e Desventuras de Maria Malazartes durante a Construção da Grande Pirâmide, de Chico de Assis; e A Guerra dos Caloteiros, de Márcio Boaro e Iná Camargo Costa. Em 2010, a companhia foi contemplada pela 16ª edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo para a pesquisa sobre o processo da Revolução dos Cravos, que culminou no espetáculo Ruptura – Um Processo Revolucionário. No fim de 2011 é contemplado pela última edição da lei, em sua 19ª edição, para dar continuidade em suas pesquisas em teatro documental.

CURTA TEMPORADA
De 04/11/2011 até 04/12/2011
Sextas e Sábados às 21h e Domingos às 20h
www.teatrocoletivo.com.br
Lotação : 80 lugares
Estacionamento conveniado: Rua da Consolação, 1681, São Paulo

* com informações da companhia

ASSISTA A TRECHOS DA PALESTRA DE VALÉRIO ARCARY SOBRE A REVOLUÇÃO DOS CRAVOS