Gradella, Cyro Garcia e Toninho durante visita ao Congresso Nacional

Audiência Pública sobre reforma política é marcada para o próximo dia 6 de julho; campanha exigirá democracia nas eleições

Uma comissão do PSTU visitou, nessa quarta-feira, 10, o Congresso Nacional a fim de buscar apoio à luta contra a reforma política antidemocrática que a Câmara está votando. Compuseram a comitiva Cyro Garcia, ex-deputado federal pelo Rio de Janeiro, Ernesto Gradella, ex-deputado federal por São Paulo e Toninho Ferreira, advogado dos lutadores do Pinheirinho em São José dos Campos (SP) e suplente de deputado federal.

Caso aprovada no Congresso, a cláusula de barreira tirará da TV o PSTU, PCB, PCO e PPL, poucos dos partidos ideológicos que existem hoje no país. Sob o falso pretexto de combater os partidos de aluguel, essa reforma política visa, na verdade, colocar os partidos de esquerda numa condição de semi-legalidade. A visita ao Congresso faz parte da luta para barrar mais esse ataque que tornará as eleições ainda mais antidemocráticas.

Na Câmara estivemos com o deputado Cabo Daciolo, com os deputados Chico Alencar e Ivan Valente do PSOL, com o deputado Alessandro Molon do PT, com a deputada Jandira Feghali do PCdoB, e com os deputados Celso Pansera e Leonardo Picciani do PMDB” informa Cyro. “No Senado, onde a votação ainda vai se dar, estivemos com os senadores Paulo Paim e Lindbergh Farias do PT, Randolfe Rodrigues do PSOL, Roberto Requião do PMDB e Romário do PSB“, relata.

No Senado, a comissão conseguiu a realização de uma audiência pública sobre a reforma política para o dia 6 de julho, na qual os partidos atingidos serão convidados a integrar a mesa. Além disso, todos os parlamentares contatados pelo PSTU se comprometeram a apresentar uma emenda à cláusula da Câmara com o objetivo de garantir a democracia e a continuidade do acesso à TV a todos os partidos.

Avalio que nosso trabalho foi bastante positivo, mas sabemos que teremos que fazer uma ampla campanha envolvendo a classe trabalhadora, a juventude, os intelectuais progressistas e diversos outros setores democráticos para assegurar o nosso direito de continuar apresentando nas eleições um programa classista e socialista para os diversos setores explorados e oprimidos da nossa sociedade“, finaliza Cyro Garcia.

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