Uma comissão de parlamentares fará uma visita na tarde deste sábado aos 13 ativistas presos após o ato contra Barack Obama. O senador Lindberg Farias (PT) e os deputados Janira Rocha (PSOL) e Stepan Nercessian (PPS) confirmaram a participação. O deputado Marcelo Freixo (PSOL), que ontem prestou apoio aos presos, e o deputado federal Chico Alencar (PSOL) também estão sendo contatados para fazer parte da comissão.

Dos 13 ativistas, 10 são militantes do PSTU. Segundo Cyro Garcia, presidente do partido, “a visita dos parlamentares é muito importante. Estas prisões são políticas. Não há nenhum motivo para eles estarem em um presídio”, afirmou.

O grupo é formado por três mulheres, que estão em uma cela com mais uma detenta em Bangu 8, em uma cela com outra detenta; e nove homens, que estão em Água Santa. Um estudante, menor de idade, teve o seu habeas corpus negado há pouco e pode ser transferido para o Instituto Padre Severino, com jovens infratores.

Os manifestantes não têm direito a fiança. A principal acusação é de ter tentado “causar um incêndio” no consulado dos Estados Unidos. “É uma vergonha o que está acontecendo. São presos políticos do governo Sergio Cabral e de Dilma, no momento em que Obama desembarca no Brasil”, protestou Cyro Garcia. “Estamos muito preocupados com a segurança e faremos uma campanha internacional por sua liberdade. O governador é responsável pela integridade deles”, afirmou.

Os 13 foram presos após um coqueter molotov ter sido lançado no ato em frente ao consulado. Na noite de ontem, o partido lançou um comunicado à imprensa , no qual reafirma o caráter pacífico da manifestação. “Tem gente lá presa sem nenhuma prova, apenas porque levantou um sapato contra a bandeira dos Estados Unidos. É um absurdo”, afirma Cyro.

Os advogados do PSTU estão entrando na Justiça com um pedido de libertação dos presos. O partido fará um ato neste domingo, às 10h, contra a visita de Obama e pela liberdade dos presos políticos.