Nos dias 15 a 17 de agosto, aconteceu no Rio de Janeiro (RJ), o 2º Encontro Nacional dos Petroleiros da FNP (Frente Nacional dos Petroleiros). O encontro debateu e deliberou temas importantes. Entre eles, a pauta de reivindicações da campanha salarial da categoria. Durante este ano, os petroleiros realizaram fortes mobilizações, inclusive greve por uma semana na Bacia de Campos, principal campo de extração de petróleo do Brasil.

Os seis sindicatos que compõem a FNP (Rio de Janeiro, Litoral Paulista, São José dos Campos, Sergipe/Alagoas, Pará/Maranhão/Amazonas/Amapá e Rio Grande do Sul) construirão na base uma forte campanha salarial. Para Toeta, dirigente licenciado do Sindipetro-SE/AL (filiado à Conlutas) e candidato a vereador de Aracaju pela Frente de Esquerda, “a Petrobras é a empresa que mais lucra no Brasil, fruto do nosso trabalho, logo, esse lucro tem que ser repassado para nós, trabalhadores, através do aumento dos salários”.

O Congresso da FNP deliberou por apresentar à Petrobras a pauta histórica da categoria, com pontos econômicos e sociais. Já a FUP, federação governista, não vai apresentar a pauta social, somente os pontos econômicos, fazendo o jogo da empresa de assinar acordo coletivo de dois em dois anos.

A vitória da campanha salarial dependerá da unidade da categoria. A batalha da FNP e seus sindicatos é pela unidade, para avançar nas conquistas e ampliar direitos. Porém será necessário debater o papel da FUP que sempre trai as lutas da categoria e assina acordos rebaixados no apagar das luzes. “O controle da base é fundamental, por isso, nós do Sindipetro-SE/AL realizamos assembléia de base em todas as unidades para debater a pauta com a categoria. Por unanimidade a categoria decidiu pela apresentação da pauta histórica. Agora é arregaçar as mangas por que a luta vai começar e não será nada fácil, mas a unidade da categoria levará a vitória, diz Fernando Borges, militante do PSTU.

Uma candidatura petroleira a serviço das lutas
As candidaturas da Frente de Esquerda estão a serviço das lutas dos trabalhadores. A categoria petroleira em Aracaju conta com a candidatura de Toeta, dirigente licenciado do Sindipetro e militante do PSTU. Esta semana, no programa de TV e rádio, Toeta convocou a categoria a organizar, junto com o Sindipetro, a Conlutas e a FNP, uma forte campanha salarial.

A luta dos petroleiros terceirizados também está sendo colocada na campanha eleitoral, bem como a luta pela ampliação da Fafen/Petrobras. Já houve duas tentativas de privatizar a Fafen por duas vezes, mas a luta dos trabalhadores foi maior e conseguiu-se mantê-la estatal e ligada à Petrobras. Agora, a luta dos trabalhadores está num nível superior. É pela ampliação da fábrica para gerar novos empregos.