CSP-Conlutas inicia jornada com diversas atividades pelo país no dia 10 de agostoA CSP-Conlutas deu a largada para a jornada de lutas do segundo semestre. No dia 10 de agosto ocorreram diversas atividades, como panfletagens, debates, assembleias e protestos. As bandeiras de luta levantadas pela entidade exigiam aumento real de salários; redução da jornada de trabalho para 36 horas semanais sem redução de salários; derrubada do veto de Lula ao fim do fator previdenciário; defesa dos serviços públicos e direitos sociais da população; não à criminalização e à violência policial contra os movimentos sociais; pleno direito de greve, além de defender o direito a terra, trabalho e moradia.

Essas primeiras atividades estão relacionadas à campanha salarial de diversas categorias, como petroleiros e trabalhadores dos Correios. No dia 25 haverá diversas atividades dessas categorias. Confira como foram algumas das ações realizadas
no dia 10.

Em São José dos Campos (SP), uma grande assembleia foi realizada por cerca de quatro mil metalúrgicos da General Motors, onde aprovaram a pauta da campanha salarial. O movimento popular fez uma passeata nas ruas da Zona Sul da cidade.

Os metalúrgicos da GM atrasaram a produção por 1h20, durante a assembleia. Eles reivindicam 17,45% de reajuste salarial, redução de jornada para 36 horas sem redução de salário, equiparação salarial, piso de acordo com Dieese, creche, licença-maternidade de 180 dias e direito à organização no local de trabalho. A categoria tem data-base em agosto e setembro.

Os moradores da ocupação Pinheirinho realizaram uma passeata com cerca de 600 pessoas, com bandeiras em defesa do direito à moradia. Houve também a participação dos sindicatos de servidores municipais de Jacareí, dos Correios de São José dos Campos e da Associação Democrática dos Aposentados e Pensionistas (Admap).
Já na capital foi realizada uma panfletagem em frente ao metrô da Sé, além de intervenções de integrantes da CSP-Conlutas, do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), municipais de Guarulhos, oposição dos Correios, entre outras entidades que alertavam aos passantes sobre os eixos da campanha. Às 19h foi realizado um debate sobre a criminalização dos movimentos sociais, na sede da Apeoesp.

Panfletagens no Rio
No Rio de Janeiro o protesto teve a participação de servidores estaduais da Justiça, trabalhadores comerciários de Nova Iguaçu, metroviários e trabalhadores da oposição à direção do Sindicato dos Bancários-RJ, que realizaram panfletagens pela cidade reivindicando suas pautas específicas.

Os trabalhadores da Justiça Estadual panfletaram em frente ao Palácio da Justiça cobrando do governo Cabral (PMDB) a reposição das perdas com 24% de reajuste. Os comerciários de Nova Iguaçu também fizeram panfletagem, como parte das atividades da campanha salarial, e denunciaram a criminalização da pobreza.

Os metroviários realizaram panfletagem, exigindo a manutenção do vale-refeição, pois a empresa não efetuou o pagamento, além de exigirem a reestatização dos transportes públicos. Estes trabalhadores querem também fechar o acordo coletivo, que está congelado há três anos.

Passeata em Goiás
Já em Goiás a data foi marcada por uma paralisação de 24 horas dos trabalhadores da Companhia de Energia de Goiás (Celg). Cerca de 400 trabalhadores cruzaram os braços, foram às ruas e levantaram as bandeiras por aumento real de salários e contra a privatização da empresa. Uma passeata se dirigiu ao palácio do governo e contou a participação de cerca de 800 pessoas. Uma comissão foi formada para negociar com as autoridades as reivindicações da categoria.

Paralisação nos canteiros de obras
Em Belém, ocorreram paralisações de duas horas nas principais obras da construção civil da cidade. Essa foi a principal atividade na capital paraense, que contou com o apoio de vários ativistas do movimento sindical e também de estudantes. Ao mesmo tempo, membros da oposição urbanitária realizaram uma panfletagem em frente à companhia de saneamento, que se encontra ameaçada de privatização.

Em Natal (RN), os trabalhadores do movimento sindical e popular realizaram pela manhã um ato público, em frente à câmara municipal.

Greve e ocupação
Na Paraíba, tendo Campina Grande como o centro dos protestos, os servidores municipais, que estão em greve desde 14 de junho, realizaram manifestações. Logo pela manhã, centenas de trabalhadores e trabalhadoras da saúde, educação e limpeza pública realizaram uma assembleia. Em seguida, saíram em passeata pelas principais ruas da cidade e, logo após o ato, ocuparam o prédio da Secretaria Municipal de Finanças. Diante da intransigência do prefeito, só irão se retirar do prédio quando o prefeito negociar.

*www.cspconlutas.org.br
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