Encontros, reuniões e assembléias, em diversas regiões do País, começam a aprovar moções e recolher declarações e assinaturas em defesa da Frente Classista. Confira abaixo algumas das iniciativasRIO DE JANEIRO
Encontro estadual da Conlutas aprova moção sobre Frente

No dia 25 de março foi realizado o Encontro da Conlutas do Rio de Janeiro, no Colégio Pedro II, em São Cristóvão. Além de aprovar uma série de encaminhamentos preparando o Conat, o evento aprovou uma moção sobre a frente classista. Veja alguns pontos do documento:
“(…) O Encontro Estadual da Conlutas do Rio de Janeiro resolve reafirmar a total autonomia da Conlutas e as organizações sociais que a compõem em relação aos partidos políticos, sem com isso adotar uma postura apolítica omitindo-se de dar respostas aos desafios políticos colocados para os trabalhadores (…) fazemos um chamado ao conjunto dos partidos de esquerda, em especial, PSOL, PSTU, PCB e ao conjunto dos movimentos sociais como MST, Consulta Popular, etc, à constituição de uma Frente Classista e Socialista que apresente candidaturas alternativas em âmbito nacional e estadual com base a um programa contra o governo e o imperialismo, contra o pagamento da dívida e que aponte para o socialismo”.

SANTA CATARINA
Reunião aprova declaração pela unidade da esquerda nas lutas e nas eleições

Veja abaixo a declaração:

“No dia 24 de março, reuniram-se em Florianópolis (SC) representantes e membros da direção do PSTU e PSOL para discutir a realização em âmbito nacional e estadual de uma Frente Classista e Socialista nas próximas eleições.
Entre os acordos da reunião, ficou decidido realizar em Santa Catarina uma Frente Classista nas eleições, que apresente um programa anticapitalista e antiimperialista (…) Nesse sentido, os participantes da reunião rechaçaram qualquer aliança com partidos burgueses, como PDT. Outro combate importante que a Frente deve travar é a campanha para impulsionar a ruptura de sindicatos e entidades com as governistas CUT e UNE.
Por fim, foi marcada uma próxima reunião, no dia 4 de abril, para organizar em conjunto com as demais organizações independentes dos movimentos sociais e populares e a Conlutas um ato classista no 10 de Maio no estado”, Raul Fitipaldi (Fundador do PSOL- SC) e Cae Martins (executiva do PSOL-SC), Joaninha Oliveira (representante do PSTU).

Educadores fazem abaixo-assinado pela frente
Os professores de Florianópolis, reunidos em assembléia no dia 22, decidiram fazer um abaixo-assinado em defesa de uma Frente Classista. A partir da proposta de Joaninha (dirigente de professores e do PSTU) foram recolhidas 86 assinaturas dos 250 presentes, incluindo a de Ana Aquini, dirigente do sindicato.

O texto diz o seguinte: “Viemos através deste indicar ao PSOL, PCB, PSTU e demais organizações do movimento, a construção de uma frente nas lutas e uma frente de esquerda classista e socialista, para apresentar uma alternativa de classe nas eleições. Esta frente deve ter como programa: 1) Fortalecimento das lutas e da Conlutas 2)Oposição ao governo e à oposição burguesa PSDB-PFL 3) um programa antiimperialista e anticapitalista 4) retirada das tropas do Haiti 5) revogação da reforma da Previdência FHC/Lula 6) independência política e organizativa dos partidos burgueses”.
DECLARAÇÕES

“As eleições são muito importantes em nosso País. Elas não podem substituir as
lutas diretas dos trabalhadores por suas reivindicações históricas, mas é inegável
que influenciam o rumo da luta de classes. Sabemos que a disputa eleitoral é dominada pela lógica da classe dominante, que trata a eleição como um grande e lucrativo negócio, como ficou demonstrado no esquema do valerioduto. Por isso mesmo, é necessário nos organizar para disputar as eleições. Mas ao contrário da burguesia, devemos fazê-lo para mostrar que existe um outro caminho. (…) Nesse sentido a conformação de uma frente, que unifique toda a esquerda socialista brasileira em torno de um programa alternativo de nossa classe (…) é mais que um dever dos partidos de esquerda, é uma necessidade”

ELIANA LACERDA, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores Gráficos de Minas Gerais, militante do MTL e filiada ao PSOL

“No processo de decisão atualmente em curso sobre as alianças do
partido, defenderei a unidade dos socialistas – ou seja, a construção de uma grande frente de partidos e movimentos da classe trabalhadora para enfrentar o imperialismo e a burguesia. Precisamos dessa frente classista para deter o processo de regressão colonial do nosso País”

PLÍNIO DE ARRUDA SAMPAIO, membro do PSOL de São Paulo

“O PCB está defendendo a construção de uma frente de
esquerda no Brasil, no sentido da construção de um bloco histórico para o socialismo. Para as eleições nós estamos propondo
a constituição dessa frente, mas olhando também para depois das eleições. Nós achamos importante que exista essa composição,
achamos importante a escolha
de candidatura que expresse
essa frente de esquerda tenha
esse simbolismo, mas mais
importante que a candidatura, ao nosso ver, é que essa campanha saiba conjugar a campanha eleitoral com a luta de massas”
IVAN PINHEIRO,
secretário-geral do PCB

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