Conversamos com Dirceu Travesso, o Didi, militante do PSTU, membro da executiva nacional da CUT e do Comitê São Paulo Contra a Guerra, sobre as mobilizações contra Bush e sua agressão criminosa contra o povo iraquiano e o conjunto da humanidade

ÚLTIMOS ATOS
“Em São Paulo, realizamos uma caminhada com a comunidade islâmica até o Consulado norte-americano repudiando o massacre do povo iraquiano. No Rio, no dia 04 de abril foi realizada uma manifestação com mais de cinco mil pessoas. Em Porto Alegre, mais de 500 manifestantes ocuparam a fábrica da Coca-Cola, para mostrar que a grana das corporações americanas e inglesas estão à serviço do poderio bélico anglo-americano. Além dessas ações, diversos atos estão sendo realizados nos bairros, como foi em São Miguel e Santo Amaro em São Paulo e Barreiro em Belo Horizonte, nas cidades do interior, como aconteceu em São José dos Campos e Bauru.”

INTENSIFICAR OS PROTESTOS

“Vamos organizar manifestações, vigílias, panelaços, enterros simbólicos em frente das Embaixadas, do Mc’Donalds e outras empresas multinacionais. E deste já, transformar a tradicional “malhação de judas”, no dia 19 de abril, em malhação de Bush, para fazer nos bairros, nas escolas, e nos sindicatos um grande de ato de repúdio ao imperialismo.”

E LUTAR CONTRA A ALCA
“É necessário combinar as atividades contra a ocupação do Iraque com a campanha da Alca. A Alca é a guerra de Bush no Brasil, por isso devemos protestar contra o imperialismo e coletar milhares de assinaturas para exigir o plebiscito oficial da Alca.”

LULA E A GUERRA
“O Brasil pode e deve tomar medidas concretas para repudiar a ocupação imperialista. O governo deve se colocar ao lado do povo iraquiano e ajudar a derrotar os invasores. Não haverá paz sem a derrota do imperialismo. A “paz” sobre os escom-bros será o fortalecimento da recolonização imperialista nos terrenos econômico, político e militar.
O governo precisa ir além das declarações críticas. Deve rom-per as relações diplomáticas do Brasil com os EUA e com a Inglaterra, romper com as negociações da ALCA e o acordo com o FMI e suspender o pagamento da dívida externa, porque este dinheiro ajuda a financiar a máquina de guerra ianque. É inadmissível que o governo Lula se proponha a participar da pilhagem do Iraque e aceite a ocupação imperialista deste país e a imposição de um protetorado, ainda que sob o manto da ONU”

UM 1º DE MAIO ANTI-IMPERIALISTA
“Nas manifestações antiglobalização do ano passado, as massas expressaram o seu ódio aos ataques do imperialismo ao seu nível de vida. Com o feroz ataque do exército anglo-americano ao Iraque, o movimento de massas voltou às ruas, radicalizado, queimou bandeiras americanas e inglesas, protestou em frente das embaixadas, boicotou os símbolos norte-americanos e realizou várias greves.
Esses dois momentos da luta de classe apontam para os trabalhadores e a juventude do mundo inteiro uma tarefa de fundamental importância de dar continuidade a luta contra o imperialismo. E como parte desta tarefa, devemos transformar o 1º de maio é um grande ato anti-imperialista. Combinando a luta contra a ocupação do Iraque pelas tropas anglo-americanas, com a luta contra a Alca e o FMI e o não pagamento da dívida externa.
Em cada cidade, os comitês contra a Alca e contra a Guerra devem unir esforços com o movimento sindical e popular para garantir essa iniciativas.“

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