`MarinhoCom a vitória de Lula, a CUT dá um salto de qualidade em suas relações com o governo e a classe empresarial do país. Os principais dirigentes da CUT assumem cargos no governo. São 45 líderes sindicais em altos postos governamentais. Dois exemplos importantes dessa nova fase da Central é o do ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo e ex-presidente da CUT, Jair Meneguelli, que hoje ocupa o cargo de presidente do Conselho do Serviço Social da Indústria (Sesi), com um salário de R$ 19,4 mil. O outro é João Vaccari Netto, ex-presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo e secretário de Relações Internacionais da CUT Nacional, que participa do Conselho de Administração da Itaipu, recebendo um jetom de R$ 7,8 mil para participar de uma reunião por mês.

Harmonia com os empresários
Luiz Marinho e Vicentinho, são garotos-propaganda de uma Universidade paga de São Paulo. A Central fez o seu 1o de maio em 2004 bancado pela Bovespa e pelo Santander, além de muitas outras empresas. E para coroar, assinou um acordo com os banqueiros sobre empréstimos em folha de pagamento, ou seja, a Central entregou aos tubarões do sistema financeiro o salário do trabalhador.

Reforma da Previdência: nova relação com o capitalismo

Com a privatização da Previdência, os sindicatos e as centrais sindicais, aliados aos banqueiros, vão poder ter os seus Fundos de Pensão. Estima-se que R$ 50 bilhões passarão para os cofres desses fundos. Leia-se: mercado financeiro. É a CUT passando por uma nova fase: do “sindicalismo cidadão” ao “sindicalismo de negócios”.

Post author Eduardo Almeida, da redação
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