Com a chegada da pandemia de coronavírus na Palestina, os colonos sionistas aproveitaram para aumentaram os ataques contra palestinos, em especial na Cisjordânia. Esses ataques contam com o apoio do estado de Israel através das forças de militares. Em 22 dias do mês de abril, a ONG B’Tselem registrou 23 incidentes de violência, sendo que 11 deles ocorreram mesmo após as medidas de quarentena e distanciamento social. Para se ter uma ideia, em Janeiro foram registrados 11 ataques e em fevereiro 12.

Esses incidentes violentos têm algumas características em comum. Os colonos carregam armas, como bastões, machados, armas de choque elétrico, pedras, cães de guarda e outros. São muitos os casos de palestinos feridos severamente nesses ataques. Casas, carros e até oliveiras são queimadas nos ataques e o gado e rebanho são roubados.

O apoio do estado de Israel é explícito nesses casos. A presença de forças de segurança nos locais onde acontecem a violência não inibe os ataques, pelo contrário, os encoraja. Em ataques às casas de palestinos, os soldados prendem os moradores que tentam resistir e proteger sua família. Também convidam antecipadamente colonos para saquear as casas. Um palestino teve sua perna quebrada por um ataque e foi abandonado no chão, sem receber qualquer tipo de ajuda médica.

Essa é uma prática comum utilizada por Israel para avançar seu projeto de colonização sobre as terras palestinas. O projeto de expansão sionista é uma Nakba permanente. A polícia garante que os palestinos cumpram a lei, mesmo estando sob violência dos colonos. Com isso abrem caminho para ampliar o território sob controle de Israel. Nada disso é novidade. A diferença é que agora, com a pandemia de coronavírus, esse processo está se acelerando.