O secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, desembarcou no dia 4 no Brasil para “estreitar os laços” entre os governos Lula e Bush.

Colin Powell é um dos principais carniceiros do governo norte-americano. Sua ficha suja de crimes prestados ao imperialismo é bastante longa. Powell foi o chefe militar da primeira guerra do Iraque, promovida por “Bush pai” e, logo depois que se tornou um dos principais homens do governo de “Bush filho”, esteve na linha de frente das ocupações militares no Afeganistão e no Iraque. Sua visita ao Brasil tem um conteúdo muito claro: ganhar apoio do governo Lula para continuar promovendo as guerras coloniais pelo mundo e ampliar o saque sobre a América Latina, por meio da implementação de acordos de livre-comércio, como o da Alca.

Ao chegar ao Brasil, Powell mostrou o triste papel que o Brasil ocupa nessa história: “O Brasil está desempenhando um papel mais significativo no sentido continental e em todo o cenário internacional (…) está desempenhando uma liderança mais importante no continente e o que faz no Haiti prova isto”, declarou, em alusão ao fato de o Brasil comandar um contingente militar de 2.500 soldados que ocupam o Haiti. Ele ainda reiterou a importância da manutenção da ocupação militar, principalmente neste momento em que estouram conflitos armados no país caribenho, indicando que o Brasil está caminhando para um pântano.

Powell ainda elogiou o governo Lula por ter defendido a legitimidade do plebiscito golpista para expulsar Hugo Chávez da Presidência da Venezuela e de sua atuação ativa para “garantir as estruturas democráticas na Bolívia”, durante a revolução que abalou esse país.

Por fazer o serviço sujo ao imperialismo “garantindo a estabilidade regional”, leia-se contendo revoluções populares e promovendo ocupações pró-imperialistas, o secretário declarou que o governo Lula poderá ser recompensado com um assento no Conselho de Segurança da ONU.

Como se não bastasse, Powell exige do governo Lula uma inspeção da usina nuclear de Resende, lançando suspeitas de que o país esteja fabricando armas nucleares. Tais absurdos foram os pretextos utilizados pelos EUA para destruir o Iraque, mas aqui no Brasil o objetivo é outro: apropriar-se da pouca autonomia tecnológica desenvolvida pelos cientistas do país nessa área.

Colin Powell é um dos senhores da guerra do imperialismo e suas visitas são para semear a recolonização no planeta. Por isso despertam o repúdio e o ódio da maioria da população dos países por ele visitados. Enquanto cresce a aversão ao imperialismo em todo o mundo, aqui no Brasil senhores da guerra são recebidos com tapetes vermelhos.

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