Para a classe operária norte-americana não há mudanças à vista, apenas a mesma política da burguesia imperialista dos Estados Unidos, onde os presidentes não são mais do que executivos dos grandes grupos econômicos com assento na Casa Branca.

O enfraquecimento do gover­no Bush e a derrota de seu projeto alimentaram um sentimento de mudança entre os trabalhadores norte-americanos. Mas enquanto forem reféns das disputas entre dois partidos imperialistas em seu próprio país, os trabalhadores só podem esperar mais e mais ataques a seus empregos e nível de vida.

Por outro lado, há espaço para a construção de uma candidatura independente dos trabalhadores dos EUA, apoiada nos sindicatos dos trabalhadores e nas recentes lutas dos trabalhadores imigrantes – setor mais explorado e discriminado da classe trabalhadora norte-americana que protagonizou importantes lutas no país.

Essa é uma tarefa histórica para os trabalhadores norte-americanos. Em 1938, quando se esboçava a construção de uma ação política por parte dos sindicatos ligados à CIO (central sindical da época), Trotsky afirmou que “somos a favor de um partido independente, das massas trabalhadoras, que assumirá o poder do Estado”. Esta tarefa, 70 anos depois, ainda está por se concretizar.
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