[21/02] Nesta terça-feira, 21, uma decisão do juiz Wilson Candido da Silva, da 4ª Vara do Trabalho de São José dos Campos, adiou a eleição do Sindicato, marcada para esta quarta e quinta-feira, dias 22 e 23.

Essa medida vai contra a vontade da categoria. Por isso, o Sindicato já recorreu e vai tentar garantir a data das eleições, definida pela Comissão Eleitoral, eleita pelos trabalhadores em assembléia.

O pedido de cancelamento das eleições foi feito pela Chapa 2, ligada à CUT.

A liminar do juiz determina a suspensão da eleição e deixa na mão das chapas, e não dos trabalhadores, a indicação dos integrantes da Comissão Eleitoral.

A decisão é totalmente equivocada e um desrespeito aos trabalhadores metalúrgicos.
De acordo com o Estatuto do Sindicato, a Comissão Eleitoral deve ser eleita pelos trabalhadores, em uma assembléia específica para esse fim.

Isso ocorreu no dia 23 de novembro com uma grande assembléia no Sindicato.

Processo democrático
Desde a eleição da Comissão, que deu largada às eleições, tudo tem sido feito de forma transparente e democrática, como é tradição do Sindicato.

Os documentos do processo eleitoral, como a quantidade e o itinerário das urnas, o número de votantes, o modelo de cédula e a listagem dos sócios foram entregues às duas chapas.

“Para garantir a democracia, todos os documentos foram entregues com antecedência, inclusive antes do prazo determinado pelo Estatuto”, explica um dos membros da Comissão Eleitoral, Francisco Assis Cabral.

Segundo Cabral, várias reuniões foram realizadas com a participação das duas chapas e tudo foi registrado em ata. “Garantimos também a igualdade na indicação de mesários e fiscais durante a coleta e apuração dos votos, para que as duas chapas acompanhem a eleição garantindo a lisura do pleito”, disse.

Recurso em Campinas
O Sindicato já entrou com um recurso no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Campinas para derrubar esta liminar.

É a primeira vez que a Justiça intervém na eleição do Sindicato dos Metalúrgicos. Essa atitude vai contra a tradição democrática da entidade e desrespeita o Estatuto da entidade. “Vamos garantir a realização das eleições, para que a vontade dos trabalhadores seja respeitada”, afirma o presidente do Sindicato Luiz Carlos Prates, o Mancha. “Chamamos os trabalhadores a defenderem o Sindicato e repudiarem esta atitude irresponsável”, conclui.