Uma das consequências das gestões em que a Frente Popular dirigiu a prefeitura de Porto Alegre, com seus vários ataques contra os trabalhadores, foi a vitória da direita na última eleição democrática ocorrida no SIMPA (Sindicato dos Municipários de Porto Alegre), há mais de 10 anos.

Desde então, todas as eleições foram fraudadas, com agressões físicas sendo que na última, dois anos atrás, o candidato à presidente pela chapa de oposição e militante do PSTU, André Behle, levou três tiros, resultando na prisão do atual presidente da entidade acusado por homicídio e formação de quadrilha.

A rejeição da categoria, de cerca de 20 mil funcionários municipais combinada com uma ação judicial foram determinantes para garantir as eleições democráticas, em maio.

Quatro chapas concorreram. A chapa 1, formada majoritariamente por ativistas identificados com a Conlutas, que inclusive estiveram no Conat, tinha também a participação de militantes da Democracia Socialista, do PT. As chapas 2 e 4 representavam setores da máfia que até então controlava a entidade e a chapa 3 formada pela união de militantes do PcdoB e apoiadores da prefeitura do PPS.

A eleição ocorreu dias 22, 23 e 24 de maio e a apuração aconteceu na sexta-feira, dia 26. Dos 8.890 sócios, votaram pouco mais de 3.200. A chapa 1 foi a vencedora com 1597 votos; a chapa 2 teve 580; a chapa 3 teve 871 e a chapa 4 recebeu 121 votos. Assim, não foi necessário um segundo turno, pois achapa 1 conquistou 50,39 % dos votos válidos.

A chapa 1 tem em seu programa a luta pela volta da bimestralidade e contra as tercerizações, ataques estes efetuados durante as gestões da Frente Popular e continuados por Fogaça, assumiu o compromisso de lutar contra a “reforma sindical e trabalhista de Lula e dos patrões”. Outro compromisso da chapa 1 é efetuar o debate na categoria sobre a filiação à Conlutas ou à CUT, pois hoje o sindicato não é filiado à nenhuma entidade nacional.

Agora é necessário consolidar o bloco da Conlutas dentro da diretoria eleita e reorganizar o sindicato dando poder a base, fazendo uma auditoria nas contas do sindicato e encabeçando as principais lutas da categoria.