Nas eleições para a nova diretoria do Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista a categoria elegeu a Chapa 2 – Juntos, somos mais fortes – como a direção do sindicato pelos próximos três anos (2015-2018). No total, a Chapa 2 recebeu 1.202 votos (58,43%), contra 855 votos (41,57%) da Chapa 1, encabeçada pela cúpula da atual diretoria, há nove anos à frente da entidade.

Iniciada por volta das 22h de segunda-feira (27), na sede do Sindicato, em Santos, a apuração terminou na madrugada desta terça-feira (28), por volta das 3h. A apuração ocorreu sem nenhum problema, reforçando a tradição da categoria petroleira de realizar processos eleitorais com tranquilidade e respeito mútuo entre os adversários.

Das 12 urnas disponíveis para votação, a Chapa 2 se saiu vitoriosa em 10 delas, incluindo aí as urnas localizadas nos dois maiores colégios eleitorais do Sindicato: a Refinaria Presidente Bernardes de Cubatão (RPBC) e a sede do Sindicato, em Santos, onde votam os aposentados e pensionistas da Baixada Santista. Esses dois resultados simbolizam a enorme simpatia e força que a campanha da Chapa 2 ganhou ao longo desses últimos dois meses, se convertendo em votações expressivas.

A Chapa vitoriosa também venceu no Tebar, em São Sebastião; na UTGCA, em Caraguatatuba; nas urnas dos terminais Alemoa/Pilões, em Santos e Cubatão, respectivamente; e nas urnas do EDISA Valongo, Edisa II, CEPE e ASTAIPE.

A Chapa 1 levou a melhor nas urnas localizadas na subsede, em São Sebastião, onde votam aposentados e pensionistas do Litoral Norte, e no Aeroporto de Itanhaém, onde votam os petroleiros embarcados das plataformas de Merluza e Mexilhão.

Em nota publicada em sua rede social, a Chapa 2 avalia  que essa vitória expressa o desejo da categoria de retomar um sindicato democrático, transparente e de luta, com fôlego novo para garantir mudanças tão profundas.  Para tal é preciso a unidade de toda a categoria: “O desafio é enorme. Agora, não existem mais Chapa 2 e nem Chapa 1, mas sim categoria, Sindicato”, informou.

Entre as bandeiras de luta dessa chapa está a defesa de uma Petrobrás 100% Estatal como saída para barrar a corrupção e privatização dentro da empresa.

A CSP-Conlutas apoiou deste o início a Chapa 2 e acompanhou  com atenção o desenvolvimento desta chapa  que demonstrou ter um programa sólido e voltado para os trabalhadores  na defesa de um sindicato combativo, democrático, que seja controlado pela base e, principalmente, tenha independência diante dos patrões e governos e autonomia diante dos partidos.