As eleições para o sindicato ocorrem entre 26 e 29 de abril. Atualmente apenas 5 mil dos 50 mil metalúrgicos da região são filiados ao sindicato. Isso se deve não só à perseguição dos patrões, mas principalmente ao descrédito em que a entidade se encontra devido a sua atual diretoria, majoritariamente atrelada ao governo Lula e às prefeituras de Belo Horizonte e Contagem.

A história, porém, nem sempre foi essa. O Sindicato dos Metalúrgicos já desempenhou papel de destaque no ascenso que originou a CUT e varreu os pelegos das entidades. Impulsionou uma das principais greves contra a ditadura em 1968. Também ocorreram mobilizações e greves, como a ocupação da Mannesmann em 1989, que entraram para a história e serviram como exemplo para os trabalhadores de todo o país.

Nestas eleições, a chapa 2, “Oposição Metalúrgica”, apoiada pela Conlutas, propõe a volta do sindicato para a categoria. A chapa é formada por metalúrgicos de base e por diretores do sindicato que se rebelaram contra a direção majoritária que apóia as reformas da CUT e do governo Lula.
Post author Diego Cruz, da redação e Larissa Morais, de Belo Horizonte (MG)
Publication Date