Outro baluarte da oposição de direita é César Maia (PFL), prefeito do Rio de Janeiro, que tenta sua reeleição. O PFL é um tradicional partido de direita no Brasil. Fundado em janeiro de 1985, o Partido da Frente Liberal (PFL) é originário da antiga Arena, partido de apoio aos governos da ditadura militar brasileira. Seus líderes e integrantes são raposas velhas da política nacional.

César Maia tenta se cacifar no governo carioca pela construção de obras, no estilo Maluf. No entanto, é o povo mais sofrido do Rio quem sente os resultados da aplicação de sua política. Seu governo é voltado para empresários e o povo rico da zona Sul carioca.

Muro na Rocinha

Durante o conflito que ocorreu em abril na Rocinha, César Maia apressou-se em chamar de incompetente o governo de Rosinha Garotinho (PMDB), do qual o vice-governador Luiz Paulo Conde é candidato à Prefeitura. Conde jogou a responsabilidade para a Prefeitura por não impedir o crescimento das favelas e, inspirado no neonazista primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, defendeu a construção de um muro de três metros de altura para isolar a Rocinha. Já César Maia disse que isso criaria um “parque temático da cocaína” – a “Cocaine World”. O prefeito acredita que nos morros só moram bandidos.

Violência contra camelôs

Os camelôs, por exemplo, sabem disso. O governo de César Maia é conhecido como um dos mais violentos contra essa categoria. Quando assumiu a prefeitura, em 1993, criou a Guarda Municipal e aparelhou-a de tal maneira que parece uma organização pára-militar. Sua a principal função é reprimir ambulantes. Mercadorias são confiscadas, os ambulantes são ameaçados, perseguidos e espancados como se fossem bandidos. Já houve casos de morte nos enfrentamentos mais violentos. Se levarmos em conta que o trabalho ambulante é fruto do desemprego produzido pelo próprio César Maia e seu partido, ao invés de reprimir os ambulantes, o prefeito deveria investir na política de geração de empregos na cidade.

Post author
Publication Date