O ato de 30 de março na capital paraense foi marcado pela grande presença de trabalhadores da construção civil, servidores públicos municipais e estaduais, estudantes e outros ativistas. Cerca de 1.500 pessoas estiveram na marcha que saiu às 10h da frente do Centro Arquitetônico de Nazaré (CAN), percorrendo as ruas de Belém, passando por diversos órgãos estaduais e terminando em frente à prefeitura de Belém.

A Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas) teve com grande presença no ato. Outras entidades também participaram: Intersindical, CUT, MST, DCE da UEPA, DCE da UFRA, Sindsaúde, Sindicato da Construção Civil e outros. O tom do ato foi pela unidade da classe trabalhadora contra a crise econômica, contra as demissões e contra a decadência da saúde no estado e no município.

Os trabalhadores da saúde participaram do ato, criticando a crise do setor no estado e no município, que tem provocado diversas mortes. A indignação estava expressa em palavras-de-ordem como “Ana Júlia e Duciomar / essa aliança é contra o povo do Pará”. Os trabalhadores também lembraram que a crise está atacando diretamente o funcionalismo público e que os aumentos salariais vão depender da situação econômica.

Para Abel Ribeiro, dirigente da Conlutas e também militante do PSTU, “esse ato unitário deve ser o primeiro passo contra os desmandos do governo Lula, pela reestatização da Embraer e por uma medida provisória que garanta a estabilidade no emprego”.

Ao final do ato, uma comissão formada por algumas entidades, entre elas a Conlutas, entrou para falar com prefeito Duciomar Costa. Os manifestantes terminaram o ato cantando: “ô Lula, que mentirinha / essa crise não é uma marolinha”.