Adesivo da campanha contra privatizações
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Nesta quarta-feira, 26, acontece o leilão da Companhia Energética de São Paulo. A Frente Paulista em Defesa dos Serviços Públicos, composta por diversas centrais e entidades sindicais, estudantis e populares, está organizando um ato no mesmo dia, às 8h, no Largo são Bento, no Centro de São Paulo.

A Cesp é terceira maior empresa de energia do Brasil, responsável pela produção de 10% do total gerado em todo o país. A estatal está sendo vendida pelo governo de José Serra (PSDB) por um lance mínimo de R$ 6,6 milhões. Segundo o Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo, este valor está abaixo do que realmente vale a empresa.

A Cesp é a primeira de uma série de privatizações previstas por Serra. O governo pretende vender 18 estatais importantes. Entre elas, estão o banco Nossa Caixa, o Metrô e a Sabesp (companhia de abastecimento), conforme informa a Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas).

“As empresas privatizadas oferecem serviços de pior qualidade, além das tarifas ficarem até oito vezes mais cara”, diz nota da Conlutas distribuída à população. Recentemente, uma explosão numa subestação de energia que estava sob controle de uma empresa privatizada em 2006, a CTEE, deixou 2,7 milhões de paulistanos sem energia elétrica. A razão da explosão foi falta de investimento.

O governo Lula também é responsável
Para João Zafalão, da Oposição Alternativa da Apeoesp – Sindicato dos Professores de SP – “Serra, na verdade, tem o apoio do governo federal”. Ele explicou que o Ministério de Minas e Energia atendeu à exigência das multinacionais que concorrem no leilão e prorrogou para 20 anos a concessão da Cesp.

Conlutas, Intersindical, CUT, CTB e CGTB são algumas das entidades que estão convocando o ato. O objetivo é sair em caminhada até a Bolsa de Valores (Bovespa), onde acontece a venda, para protestar contra a privatização.