O projeto da reforma Sindical do governo Lula chega ao congresso no dia 02 de março. Fruto de um consenso entre o governo e as centrais sindicais, tendo a CUT à frente, a reforma é o primeiro caminho para a completa flexibilização dos direitos trabalhistas.

Unidade com os lutadores para derrotar o governo
É mais do que necessário e urgente impulsionar uma luta concreta e unificada contra a reforma Sindical/Trabalhista. É impossível levar esta luta de forma isolada. A CUT hoje é uma central a serviço do governo, chapa branca e pelega. No entanto, em seu interior existem ainda setores de esquerda, combativos, que não chegaram à conclusão de que é preciso romper com esta central. Queremos convidá-los para uma luta conjunta contra a reforma. Não existe justificativa para não lutar unificadamente uma batalha que vocês sabem que é justa e também difícil.

Uma luta conseqüente contra a reforma
Ao mesmo tempo, alertamos aos companheiros que não é possível uma luta coerente contra as reformas por dentro da CUT. A central coloca todo seu aparato a favor das reformas do governo. Impulsionar uma luta concreta contra a reforma, portanto, pressupõe romper com a CUT.

Todas as mobilizações contra as reformas se deram por fora da central. A polêmica sobre se a CUT tem volta ou não está ultrapassada, os fatos já comprovaram que a central hoje é um apêndice sindical do Estado. Enquanto isso, a reforma está em vias de ser implementada. Isso coloca a esquerda cutista diante do seguinte dilema: permanecer na CUT e continuar tentando disputar sua direção, enquanto a reforma Sindical é aprovada no congresso, ou romper já com a central e se lançar numa mobilização conjunta contra a reforma. Essa é a verdadeira questão que se apresenta aos companheiros.

Portanto, junto com o chamado à unidade, conclamamos os companheiros a romper com a CUT e a integrarem conosco a Coordenação Nacional de Lutas. A Conlutas é uma frente única organizada pelos setores combativos para lutar contra as reformas do governo Lula. A Coordenação foi a primeira a organizar uma mobilização contra as reformas, quando colocou 20 mil pessoas em Brasília, no dia 16 de junho do ano passado.

Longe de ser uma “organização do PSTU”, a Conlutas é uma frente única composta por setores combativos de vários partidos e entidades sindicais. Foi fundamental, por exemplo, no êxito da grande greve nacional bancária e está se estruturando nacionalmente como alternativa de luta à CUT. Somente dessa forma é possível disputar a base da CUT, não se submetendo à política da direção da central, o que legitima suas ações, mas se constituindo como alternativa de luta.

A Executiva Nacional da CUT, realizada no dia 16 de fevereiro, reafirmou o apoio da central ao projeto. No entanto, a CUT já havia iniciado uma ampla campanha pela sua aprovação. Essa campanha tende agora a se ampliar ainda mais com a incorporação do governo Lula, dos empresários e dos grandes meios de comunicação.

A CUT e o governo apregoam uma avalanche de falácias como a grande mentira que a reforma vai combater os sindicatos pelegos. Porém, sabemos que é exatamente o contrário.

Por isso, companheiros, vamos juntos organizar a Conlutas e derrotar as reformas da CUT, do governo e do FMI.

Direção Nacional do PSTU
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