O SIMPA denuncia à população de Porto Alegre o descaso do prefeito Fogaça com os servidores e os serviços públicos em geral. Na defesa de um serviço público de qualidade, a greve foi a única alternativa que nos restou. Isso porque a desvalorização dos servidores e a ausência de condições de trabalho refletem diretamente nos serviços prestados à população.

Diariamente, a imprensa tem publicado notícias e cartas de leitores acerca do descaso do prefeito Fogaça com a cidade: lixo por todo lado, escolas assaltadas por falta de guarda municipal, falta de professores e de funcionários, mato tomando conta dos parques, pessoas abandonadas nas ruas e praças. Os problemas se agravaram em janeiro com a entrada em vigor de um Decreto que limitou a realização de horas extras, sem a contrapartida da realização de concursos públicos para suprir a falta de servidores. É o governo Fogaça fazendo caixa às custas dos municipários.

Na saúde, a imprensa já pôde conferir as péssimas condições em que se encontra o SUS municipal. No HPS, ratos e baratas infestam o hospital. O Pronto-Atendimento Cruzeiro do Sul está ameaçado de interdição. Lá, pacientes da unidade psiquiátrica dormem no chão devido a falta de leitos. Nas unidades e centros de saúde, faltam profissionais e medicamentos. Marcar exames tem sido cada vez mais difícil. Há casos em que o usuário leva mais de três anos para marcar uma consulta especializada. Por tudo isso, pedimos à população o apoio à greve dos municipários.

O governo Fogaça divulgou na imprensa e está distribuindo carta à população informando que:

1) Deu reajuste diferenciado (10,75%) para categorias II e E1A (operários, operários especializados e auxiliares de cozinha). Isso só foi feito por uma exigência constitucional que prevê que nenhum trabalhador pode receber menos que o salário mínimo, e esses trabalhadores estavam recebendo menos que o salário mínimo.

2) Que mantém política de diálogo permanente com a categoria. Não é verdade. Este reajuste de 3% não foi fruto da negociação com o Sindicato, foi uma imposição do governo, legislação aprovada por sua maioria na Câmara Municipal. O SIMPA está e sempre esteve disposto a negociar.

Além disso, o governo Fogaça não reconhece nossas perdas salariais do período de maio de 2003 a maio de 2005, que chegam a 14,40%.

Estamos nas ruas por melhores condições de trabalho e de atendimento à população. Assim como o prefeito Fogaça, também queremos garantir investimentos para a Cidade. Lamentamos, no entanto, que o maior investimento esteja sendo desvalorizado, que são os servidores desta Cidade, que, diuturnamente, trabalham pelos porto-alegrenses.