Eles sempre governaram, às custas do sofrimento do povo trabalhador e mantiveram os privilégios da minoria ricaA frustração dos trabalhadores com o governo Lula cresce a cada dia. Isso porque sua gestão, na prática, é como se fosse o terceiro mandato de FHC, mantendo a mesma política econômica do governo anterior. Aliás, no que se refere ao FMI, Lula tem superado seu antecessor, como é o caso, por exemplo, dos superávits primários recordes registrados até agora.

Mas há também um subproduto dessa frustração. Os partidos da oposição burguesa (PSDB e PFL) se aproveitam do desgaste do governo petista para se apresentar como “alternativa” ao governo Lula. É o que está acontecendo em São Paulo, com a candidatura à prefeitura de José Serra (PSDB), e no Rio de Janeiro onde o atual prefeito César Maia (PFL) tenta se reeleger.

Mas a oposição de direita não tem como negar seu passado. Quando estavam no poder, em oito anos bem recentes, PSDB e PFL apoiaram irrestritamente todas as medidas conduzidas por FHC, como as privatizações que entregaram as estatais para o capital estrangeiro; votaram pela manutenção do arrocho, aprovando os salários mínimos de fome; apoiaram os acordos firmados entre o governo tucano com o FMI, responsável pela evasão de R$ 348 bilhões que foram enviados para os banqueiros. Isso sem falar da corrupção promovida por tucanos e políticos do PFL.

É necessário denunciar a farsa da oposição burguesa. Se os candidatos dos partidos burgueses pretendem confundir os trabalhadores, tentando passar a imagem de defensores dos pobres, precisamos desmascará-los. Afinal, eles sempre governaram, às custas do sofrimento do povo trabalhador, e mantiveram os privilégios da minoria rica e poderosa do país.

É provável que a oposição burguesa consiga ganhar algumas prefeituras, até porque todo o processo eleitoral é um verdadeiro jogo de cartas marcadas, onde quem ganha são aqueles que estão ao lado dos ricos.

Oposição é de luta e da esquerda

Entretanto, se tem um setor da população desiludido e achando que todos são iguais, tem outro setor que tem demonstrado que não aceita mais esta situação e está disposto a lutar para mudá-la. No dia 30 de junho, estudantes, desempregados e entidades do movimento popular promoveram, em Florianópolis, uma verdadeira rebelião contra o aumento da passagem dos ônibus. Ao mesmo tempo em que o preço da passagem aumentava (em algumas linhas a passagem foi para até R$ 3), a prefeita Ângela Amin (PP) reajustava seu próprio salário em 278%. A rebelião que sacudiu Florianópolis é parte das lutas nacionais contra os desmandos da máfia dos empresários do transporte, que agem de forma criminosa com a conivência dos prefeitos da direita ou do PT.

Nas eleições, o PSTU estará apresentando candidaturas de oposição de esquerda ao governo Lula. As candidaturas do Partido estarão a serviço das lutas dos trabalhadores pobres da cidade e do campo. Para nós, as eleições são uma oportunidade para denunciarmos a situação de miséria em que FHC e Lula deixaram o país e apresentarmos um programa de ruptura com a dívida externa, Alca e o FMI.

Se você também acredita que as verdadeiras mudanças só podem ocorrer através da mobilização permanente dos trabalhadores, venha apoiar as candidaturas de nosso partido para fortalecer uma alternativa de oposição verdadeira e de esquerda ao governo Lula.

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