Belém, capital do Pará, 19 de agosto. Operários da construção civil em campanha salarial realizam assembleia e percorrem as ruas da cidade em passeata. Entre eles, um outro trabalhador: o metalúrgico Zé Maria, candidato do PSTU à Presidência.
No mesmo dia, bem longe dali, os dois principais candidatos, Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), estavam na Barra da Tijuca, zona nobre do Rio de Janeiro, em um congresso da Associação Nacional dos Jornais, entidade patronal dos grandes donos de mídia do país.

Para Zé Maria, era mais um dia de uma campanha que, se por um lado sofre o boicote da grande imprensa, por outro acontece na base das categorias, lado a lado dos trabalhadores. Para Dilma e Serra, também era mais um dia, mas de uma campanha milionária e voltada aos banqueiros e empresários.

A agenda dos candidatos reflete o caráter de classe das candidaturas. De um lado, PT e PSDB travam uma disputa para ver quem agrada mais aos empresários; de outro, a candidatura do PSTU busca o apoio dos operários, consolidando-se na luta cotidiana das categorias.

Uma candidatura operária
Enquanto o programa de José Serra na TV chegou a produzir uma favela cenográfica, com atores encenando moradores pobres, a campanha de Zé Maria tem entre os mais pobres sua atuação prioritária. No dia 22 de agosto, um domingo, por exemplo, o candidato participou de um churrasco de operários da Volkswagen em Santo André. Segundo o jornal “Diário do Grande ABC”, “ao contrário do candidato do PSDB, José Serra, que colocou uma festa falsa, numa favela produzida em estúdio, com pagode e churrasco, em sua inserção na televisão”.

Assim como os empresários reivindicam suas candidaturas, a campanha do PSTU na base das categorias vem conseguindo o reconhecimento dos operários. Durante a assembleia da construção civil com a presença de Zé Maria, os operários aprovaram o apoio da categoria às candidaturas do PSTU no setor.

Pouco antes, cerca de 400 operários de Belém assinaram um abaixo-assinado de apoio a Cleber Rabelo, operário e candidato do PSTU ao governo do estado. Enquanto fechávamos esta edição, ele já tinha 870 apoiadores.

Em Fortaleza, uma outra candidatura operária se constrói entre os trabalhadores da construção civil, tendo Francisco Gonzaga, ou simplesmente Gonzaga, como candidato ao governo. Zé Maria esteve na capital cearense no início de agosto, quando visitou canteiros de obras e apoiou a mobilização dos motoristas e cobradores de ônibus da cidade por melhores salários e condições de trabalho.

Em outra região com importante peso operário, em São José dos Campos (SP), no Vale do Paraíba, a campanha das candidaturas socialistas conta hoje com 300 apoiadores, com destaque para a ocupação urbana do Pinheirinho.

Enquanto fechávamos esta edição, Zé Maria apoiava e participava da assembleia da campanha salarial unificada e da manifestação dos metalúrgicos de São José, em unidade com os trabalhadores de Santos, Campinas e Limeira.

Programa na TV
No programa eleitoral do PSTU na TV, a campanha tenta desfazer a falsa imagem de que tudo vai bem no Brasil de Lula e denuncia os baixos salários, as aposentadorias irrisórias e o desemprego, que continua alto. Como proposta, a estatização dos grandes bancos e empresas, possibilitando o aumento geral dos salários e o pleno emprego.

Fica fácil entender a razão de Zé Maria ser convidado à assembleia de operários em Belém, no mesmo momento em que Dilma e Serra atendiam os grandes empresários de mídia na Barra da Tijuca.

Faça parte!
Seja um ativista da campanha em defesa do socialismo! Você pode participar de diversas formas. Reúna seus amigos e vizinhos em casa e discuta o jornal e os panfletos do PSTU. Entre em contato com o partido nos estados e participe das panfletagens, colagem de cartazes, etc. Converse com amigos e familiares, consiga cinco votos nas candidaturas do PSTU e convença-os a conseguirem mais cinco.

Cada voto nas candidaturas do partido é um voto roubado da burguesia e fortalece uma alternativa socialista para o país.
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