No dia 6, uma caminhada pelo centro do Rio de Janeiro deu a largada à campanha para a Presidência. “Frente de Esquerda é pra valer. Pra derrotar os tucanos e o PT”, foi a palavra de ordem que tomou conta do ato. Ao meio-dia, cerca de 500 pessoas caminharam da Candelária até a Cinelândia, onde realizaram um “comício relâmpago”.
Na mesma hora, um ato organizado pelo PT ocorreu no centro do Rio. O evento, porém, não reuniu mais do que 100 pessoas.

Heloísa Helena (PSOL) participou do ato e defendeu a unidade da esquerda: “Não podíamos deixar que o povo tivesse só como opções o PT e o PSDB, que nos roubaram tudo, menos a vergonha na cara”. Ela destacou ainda a importância do local do ato, tradicional palco de protestos da população carioca. “Começamos a campanha na Candelária porque foi um símbolo de luta e resistência no país, mas também é uma homenagem aos meninos e meninas que foram assassinados só pelo fato de serem de rua”, destacou.

A coluna do PSTU era a mais animada. Além de lançar a candidatura de Heloísa e a de Milton Temer ao governo do Rio, a caminhada também marcou o lançamento dos candidatos ao Senado, à Câmara e à Assembléia.

Cyro Garcia destacou que as eleições são um momento importante de discussão com a população, mas as candidaturas devem estar a serviço da luta e da organização dos trabalhadores. “É só através da luta que vão se dar as verdadeiras transformações”, ressaltou. Ele lembrou também que um dos principais compromissos dos candidatos da Frente de Esquerda é lutar para acabar com a privatização da Petrobras e reestatizar todas as empresas estratégicas, além de estar à frente das mobilizações pelo não pagamento da dívida externa. “Contra o governo neoliberal, Cyro Garcia deputado federal”, foi o grito dos ativistas.

Dayse Oliveira também defendeu a necessidade de participar das eleições para avançar na construção de uma sociedade socialista. Dayse é a única candidata negra ao Senado no Rio de Janeiro e fará de sua campanha uma tribuna contra o racismo.
No dia seguinte, um debate sobre a ocupação militar no Haiti foi realizado na sede do PSTU/RJ. Além de Dayse, o debate contou a participação de Wilson H. Silva, da Secretaria de Negros e Negras do partido. Estiveram presentes cerca de 80 pessoas, muitos deles ativistas simpatizantes do PSTU.

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