Em Minas Gerais, a novidade foi a simpatia angariada pelas candidaturas da Frente de Esquerda Socialista em Minas. Entre os candidatos a deputado, Cacau (PSTU) é o que mais vem se destacando nos programas de TV e na campanha de rua.

Campanha começou no interior
A campanha de Cacau começou a ganhar corpo com as viagens ao interior do estado. Nelas, o candidato teve contato com trabalhadores que vivem em situação muito difícil, mas que ainda encontram forças para lutar e para defender seus ideais.

Foi o caso das visitas aos acampamentos do MST em Pirapora e Jequitaí (norte de Minas). Cacau conversou com lideranças do movimento que estão desiludidas com o governo Lula e buscam apoio em uma atuação conjunta com a Conlutas.

Em Jequitaí, houve um incêndio a mando de latifundiários, e Cacau foi o único candidato a levar sua solidariedade. Em diversas cidades, a candidatura de Cacau foi abraçada inclusive pelos militantes do PSOL e foram feitas dobradinhas com outros candidatos deste partido.

Apoio de sindicatos
Outro fator importante para o crescimento da campanha foi o apoio dos sindicatos de todo o estado. Parte fundamental das viagens foram reuniões de apresentação da candidatura com as diretorias dos sindicatos. Nas reuniões, ficava evidente que muitos eram ex-petistas que desistiram de votar em Lula devido à decepção com o governo.

Alguns nem mesmo pretendiam votar, mas mudaram de opinião depois de ouvir as propostas da Frente de Esquerda. Num desses sindicatos, a ASTHEMG (Associação dos trabalhadores em Hospitais Estaduais de Minas), os companheiros estão fazendo uma belíssima campanha, inclusive entre as colônias de Hansenianos, pessoas que devido a sua doença vivem ainda segregados em pleno século XXI, e lutam pelo direito à igualdade.

Apoio é forte em bancários
Mas é entre os bancários que a campanha tem mais crescido. Cacau foi dirigente bancário durante 14 anos e é extremamente conhecido e respeitado entre os colegas. Sua candidatura tem apoiadores em todas as principais agências do Banco do Brasil, da Caixa, do BDMG e do Bradesco, em especial entre cipeiros, delegados sindicais e associações de funcionários.

A associação de aposentados de BEMGE, por exemplo, resolveu apoiar a candidatura de Cacau. A campanha ganhou mais força no setor ao se enfrentar com outros dois candidatos bancários: Fernando Neiva, atual presidente do sindicato, ligado à CUT e ao PT, e Dimas, candidato ligado à patronal.

Presença nos bairros operários
Cacau visitou ainda inúmeros bairros operários de Belo Horizonte e Contagem, como o Vale do Jatobá, Vista do Sol e Nova Suíça. Houve reuniões com metalúrgicos das principais fábricas da região, membros de associações comunitárias e com a população em geral.

Reta final
Esta semana Cacau fará uma forte campanha na UFMG, aproveitando a presença de Heloísa Helena em BH. Cacau é advogado dos estudantes da UFMG na luta contra as taxas.

Nesta reta final de campanha, o esforço da militância e dos apoiadores é fazer com que todos que votam em Heloísa Helena votem também em Cacau para deputado federal, para que ele possa ser o mais votado da Frente em Minas Gerais e lutar em defesa dos direitos dos trabalhadores na Câmara Federal.