Júlio César Ferraz, do Movimento dos Sem Teto de Luta, e Ismael de Oliveira, do Movimento dos Sem Terra do Amazonas, foram libertados na semana passada. Eles ficaram presos por cinco meses por lutar por moradia. Além deles, também foram libertadas mais quatro lideranças do movimento popular de Manaus.

Apesar da liberdade ser uma vitória, é necessário denunciar a criminalização da luta por moradia. Aos ex-presos foi determinado que cumpram a pena em liberdade realizando trabalhos comunitários durante um ano e serão obrigados a pagar uma multa de um salário mínimo por dirigir as lutas dos sem teto na região. Esta sentença não intimidou essas lideranças dos movimentos sociais que, em carta de agradecimento pela campanha por sua libertação, prometem continuar a luta por moradia.

Na carta assinada por Júlio e Ismael, eles agradecem entre outros ao PSTU por, “sua dedicação pela causa da libertação de presos políticos do governo Lula”.
Entre os ex-presos havia militantes do Partido dos Trabalhadores (PT), do Partido Democrático Trabalhista (PDT), e do Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Segundo os próprios militantes, estes partidos os abandonaram.
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