O jornal Folha de S. Paulo, na edição do dia 29 de janeiro, publicou matéria informando um aumento de 179% no patrimônio do petista Arlindo Chinaglia nos últimos quatro anos, tempo em que exerce mandato de deputado federal sob o governo Lula. Chinaglia é um dos candidatos à presidência da Câmara.

O deputado petista tinha, quando assumiu a Câmara em 2002, um patrimônio de R$ 157,4 mil. Em junho de 2006, o valor já passava de R$ 600 mil. Chinaglia se contradisse: primeiro, informou ao jornal que vivia apenas com seu salário e de parte da renda de sua mulher jornalista e de seu filho médico, não tendo outras rendas. Em e-mail enviado posteriormente, afirmou que além de economizar, possui receitas provenientes de aluguel de imóveis.

Chinaglia, porém, mantém negócios com o ex-deputado Antônio da cunha Lima (PSDC). Ele é sócio de Cunha Lima num posto de gasolina em Osasco, SP, desde 2005. O sócio de Chinaglia informou que o deputado pagou à vista pela sua parte no negócio.

Um trabalhador que receba dois salários mínimos ao mês, teria de trabalhar cerca de 71 anos para atingir o patrimônio de Chinaglia.

Aldo Rebelo e Gustavo Fruet, outros dois candidatos à presidência da Câmara, também estão mais ricos. No mesmo período, embora com percentuais menores – 45,6% e 41,5% respectivamente – Aldo e Fruet aumentaram seus patrimônios, em números absolutos, em R$ 201,6 mil e R$ 368,8 mil. Ser deputado é, de fato, um bom negócio.