Movimento completa 23 dias nesta sexta-feiraEm São Paulo e outras cinco regiões com prédios da CETEL (Centro de Teleatendimentos) que tem um número expressivo de terceirizados, amanheceram fechados numa crescente radicalização do movimento. A greve segue forte em todos os 26 estados e no Distrito Federal.

Na quinta-feira, 15, a direção da Caixa Econômica Federal, por orientação do governo Lula, ajuizou o dissídio coletivo no Tribunal Superior do Trabalho (TST). Com uma forte paralisação nacional e sem fazer avançar as propostas, a empresa aposta no tribunal para sair do impasse que ela mesma criou.

Depois de se esconder, sem êxito, atrás da mesa única de negociação da Fenaban para impor um acordo rebaixado, agora apela para o dissídio para tentar acabar com o movimento. Com uma greve mais forte dos últimos anos, o discurso de banco social desaba ao não atender as reivindicações dos empregados e não investir numa melhor estrutura do banco para atender melhor a população que enfrenta horas nas filas.

O setor que, mesmo com a crise, foi disparado o que mais lucrou na economia e que, vale salientar, paga a folha de pagamento somente com 60% das tarifas, as mais altas do setor, tem condições de repor as reais perdas dos bancários e atender as reivindicações específicas como o PCF (plano de Cargos e Funções).

Também há que atender as demandas dos empregados e estabelecer o fim das metas, a contratação de mais bancários para acabar com o assédio moral e melhorar as condições de saúde e trabalho. Com o fim da terceirização da retaguarda nas agências e com a implantação de projetos como o PAC e “Minha Casa, Minha Vida”, o volume de trabalho aumentou drasticamente. Com isso, tenta ajudar os amigos empreiteiros, fazer política populista e caixa para o projeto Dilma 2010.

Estas são as principais reivindicações:

  • PCF já! Seis horas sem redução de salário
  • Isonomia: licença-prêmio e ATS para todos
  • Reposição das perdas
  • Não-compensação dos dias da greve. Nenhuma punição!